Alvo das principais especulações sobre articulações políticas nos últimos dias em virtude da sua aproximação com o MDB, o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), está, de fato, muito próximo de ter o partido em seu palanque.
A confirmação da aliança, contudo, depende mais dele do que de atores externos.
Candidato à reeleição, o gestor tem vários fatores a seu favor (entre os quais podemos elencar):
1 – goza de prestígio da direção nacional emedebista, que garantiu a Cleber Verde o comando da sigla na capital justamente por sua proximidade com Braide;
2 – se ainda não tem apoio declarado, pelo menos não tem veto por parte do grupo do governador Carlos Brandão (PSB), que vê com bons olhos a possibilidade de indicar um vice na chapa que concorrerá em 2024; e
3 – também não tem empecilhos no próprio MDB estadual, que a partir de agosto será conduzido pelo empresário Marcus Brandão, irmão do chefe do Executivo estadual.
Em conversas com membros do MDB ao longo desta semana, o Blog do Gilberto Léda colheu avaliação quase consensual segundo a qual o cenário é perfeito para uma composição Braide/MDB/Brandão. E que, no momento, quem pode garantir a oficialização da coalização é o próprio Braide, em gestos ao Palácio dos Leões.
Na prática, o prefeito joga sabendo todas as peças que estão na mesa.
Basta que, a partir de agora, saiba quais delas movimentar…
Em tempo (e não menos importante): pouca gente lembra, mas a Secretaria Municipal de Articulação e Desenvolvimento Metropolitano (Sadem) é atualmente comandada por André Campos, ainda presidente municipal do MDB em São Luís.
Concordo desde o título até o ponto final da matéria. Essa já era a avaliação que eu fazia desde a semana passada.