Dino é só o 12° ministro mais bem avaliado no Congresso; Haddad é 1°

O ministro do governo Lula mais bem avaliado pelos parlamentares do Congresso Nacional é Fernando Haddad (PT), da Fazenda. O dado foi captado pelo Painel do Poder, pesquisa feita pelo Congresso em Foco Análise com os principais líderes do Legislativo federal. Pelas respostas dos congressistas, o levantamento captou um cenário altamente polarizado no Congresso – mas, mesmo considerando-se o alto número de menções negativas, o comandante da economia segue com avaliação favorável e desponta como o nome mais bem-visto na gestão Lula 3 entre senadores e deputados.

O maranhense Flávio Dino (PSB), da Justiça e Segurança Pública, ficou apenas em 12° lugar.

A atuação de Fernando Haddad ganhou destaque no final do primeiro semestre do atual governo com a tramitação de propostas ligadas à economia no Congresso e com a divulgação de números favoráveis da economia. Do início do ano para cá, projetos de grande importância passaram pelo crivo das Casas. O arcabouço fiscal, que estabelece novas regras para disciplinar as contas e gastos do governo federal, foi aprovado na Câmara e no Senado – e, como sofreu modificações na Casa Alta, vai passar por nova votação na Câmara. A reforma tributária foi aprovada na Câmara e deve ser analisada pela Casa Alta após o recesso. Este cenário favorável ajuda a explicar o desempenho de Haddad, explica o pesquisador André Sathler, coordenador do Congresso em Foco Análise: “No primeiro semestre, o que aconteceu de positivo foi a pauta econômica. Os parlamentares refletiram essa percepção do momento econômico, com a inflação em queda”.

O semestre também registrou tensão entre o governo e a Câmara dos Deputados, com dificuldades do Planalto para construir uma maioria consistente para aprovar seus projetos na Casa. Hoje, fala-se na realização de uma reforma ministerial para incluir mais partidos na estrutura governamental e garantir mais votos. Mas, mesmo nos momentos de tensão, o nome de Haddad vinha sendo preservado. O ministro chegou mesmo a receber elogios públicos do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), que era crítico dos ministros encarregados mais diretamente do diálogo com o Congresso, como Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais).

Haddad também apresentou um perfil muito de conversa, de conciliação, com os líderes do Congresso”, explica Ricardo de João Braga, cientista político e também coordenador do Congresso em Foco Análise. “Você vê isso, por exemplo, em ele aceitar a reforma tributária que tramitava na Câmara. E nas frequentes conversas que ele entabulou com Arthur Lira, Rodrigo Pacheco e lideranças. Isso conta muito.”

Com informações do Congresso em Foco

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