Inflação em São Luís foi a maior do Brasil em setembro, diz IBGE

Imirante

A inflação oficial em São Luís (MA), medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi a maior dentre todas as 16 regiões pesquisadas em setembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (11).

Houve aceleração no período, com taxa de aumento de 0,50%, acima do que foi observado em agosto: aumento de 0,43%. Com os números de setembro, a inflação acumulada em São Luís, no ano de 2023, atingiu a marca de 1,90%, ainda abaixo da média geral do Brasil: 3,50%. Nos últimos 12 meses, a inflação acumulada é de 4,02% – também abaixo da média nacional, de 5,19%.

No geral, a inflação no país subiu 0,26% no mês, após avanço de 0,23% em agosto. Mesmo com a leve aceleração, o resultado ficou abaixo das projeções do mercado financeiro. A mediana das expectativas de analistas consultados pela agência Bloomberg era de variação de 0,33% em setembro. A exceção na consulta ficou por conta de Goiânia (GO), que apresentou deflação de -0,11%.

Grupos

Na capital maranhense, o grupo de despesa habitação foi o que mais influência teve para a alta de preços ao consumidor: 3,20% de alta, ante 2,25% de alta no mês de agosto. 

“O subitem energia elétrica residencial, em função do reajuste anual (10,43%) autorizado pela ANEEL, teve alta de preços na ordem de 10,74%, e, sem dúvida, teve impacto acentuado não somente na elevação de preços dentro desse grupo de despesa como para o IPCA final”, destaca uma nota técnica do IBGE, acrescentando que, nos últimos dois meses, só a energia elétrica acumula alta de 18,53% na cidade.

Ainda de acordo com o órgão, o segundo grupo de despesa que teve impacto mais acentuado no orçamento familiar do ludovicense foi o de transportes: 1,30%. “Como a taxa de variação de preços do mês de setembro (1,30%) foi superior à taxa do mês de agosto (+0,68%), podemos dizer que houve uma aceleração no aumento de preços em São Luís relativo a esse grupo de despesa”, diz o comunicado.

Dentre os subitens que compõem o agrupamento transportes, os que mais impacto tiveram na alta de preços em setembro foram: motocicleta (+3,52%); óleo diesel (+13,91%); conserto de automóvel (+2,08%); e emplacamento e licenciamento de veículos (+1,73%). Em relação aos combustíveis, ainda reverberou em setembro o aumento de preços ocorrido em agosto nas refinarias.

“Nos últimos três meses, julho a setembro, em São Luís, o item combustíveis de veículos acumulou alta de +9,24%, ao passo que, no Brasil, essa elevação foi de 7,89%. Todavia, somente o óleo diesel no bimestre agosto e setembro teve aumento acumulado de preços, em São Luís, de +27,59%, e, no Brasil, +19,51%”, concluiu o IBGE.