Posse de Dino no STF definida; saiba a data

Novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino vai tomar posse na Corte no dia 22 de fevereiro e seguirá à frente do Ministério da Justiça até o presidente Lula definir o substituto. A data foi acertada entre ele e o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, em uma reunião realizada nesta quinta-feira.

Os ministros Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin também participaram do encontro. Na saída, Dino explicou que ainda deve reassumir seu mandato no Senado por um período antes de tomar posse no STF.

— “A princípio eu continuo no Ministério da Justiça até o presidente indicar um novo ministro, ou ministra. Estou disposto a ficar para fazer a transição, à medida em que ele escolher o ministro. Creio que haverá um período de duas ou três semanas e ai esse novo ministro ou nova ministra tomará posse. Aí eu fico no Senado até a posse aqui no Supremo, no dia 22 de fevereiro — afirmou, na após a reunião.

Em relação à sua sucessão no ministério, Dino afirmou que irá apresentar a Lula um “cardápio” de opções. Os dois devem se reunir ainda nesta quinta no Palácio do Planalto.

— Jamais faria, jamais fiz nesses onze meses quando havia um problema sensível, a apresentação de um único caminho. Eu sempre digo, olha, o cardápio é esse.

O ministro ainda afirmou que não acredita na divisão da pasta, para a criação do Ministério da Segurança Pública, como Lula chegou a prometer na campanha e alguns aliados defenderam no governo.

— Nunca vi o debate ocorrer sobre essa divisão no âmbito. Esse debate no governo, a bem da verdade, nunca existiu. Eu falo do governo, não falo na campanha — afirmou. — A minha impressão, vejam, impressão, é que desse debate não vai ocorrer agora, neste momento. Seria uma surpresa se ocorresse.

De acordo com Dino, até a escolha do novo ocupante do cargo, sua prioridade no ministério será dar andamento ao Sistema Único de Segurança Pública.

— Sobretudo a construção do Sistema Único de Segurança Pública, que é o tema ao qual eu mais me dediquei — afirmou, após visita a Barroso. (O Globo)

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