O deputado federal Duarte Júnior (PSB) foi um dos poucos aliados do presidente Lula (PT) que votaram no Congresso pela derrubada do valor do fundão eleitoral aprovado na semana passada.
A proposta original, encaminhada pelo governo petista, era de R$ 900 milhões. Mas os congressistas emendaram texto, elevando o valor para R$ 4,9 bilhões.
Embora o Congresso tenha aprovado o Orçamento de 2024 com fundo eleitoral de R$ 4,9 bilhões numa votação simbólica, em que não é possível identificar como cada parlamentar se posicionou, a apreciação de um destaque que previa uma drástica redução do montante permitiu que se soubesse quem apoiou o fundão de quase R$ 5 bilhões e quem foi contra.
Segundo apuração do blog da Zulene Alves, no PT, só a deputada Camila Jara (MS) votou a favor do destaque. No PDT, a única que apoiou a derrubada do valor do fundo foi Duda Salabert (MG). Já no PSB, foram três que divergiram da votação do restante da base: Tabata Amaral (SP), Duarte Jr. (MA) e Heitor Schuch (RS).
Na ala governista do Centrão, União Brasil, PP e Republicanos tiveram 89% de votos contrários à rediscussão do valor, o equivalente a 125 deputados. Embora ocupem ministérios na Esplanada desde agosto, quando Lula fez mudanças para acomodar as siglas, as cúpulas de Republicanos e PP sustentam que não fazem parte formalmente da base aliada.
Na oposição, deputados como Soraya Santos (RJ) e Bibo Nunes (RS) alinharam-se à base governista na manutenção do valor do fundo. Ambos são do PL, que rachou e entregou quase metade de seus votos contrários ao destaque do Novo.