8 de Janeiro: Dino diz que temeu efeito dominó quando viu atos

Eraldo Peres/AP

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, relembrou, em publicação nas redes sociais neste sábado (6), a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de decretar intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal, após os ataques antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.

Segundo o chefe da pasta, o texto foi redigid0 “em minutos”, por medo de um “efeito dominó” pelo país.

Nesta segunda-feira, 8, está marcada uma solenidade em Brasília para relembrar um ano dos ataques.

Veja o relato de Dino:

Quando soube das invasões aos prédios públicos, decidi ir imediatamente para o Ministério da Justiça a fim de evitar uma sensação de ‘vazio de poder’.

Olhei pela janela do Ministério da Justiça quando lá cheguei e temi um efeito ‘dominó’ em outros pontos do território nacional. Consultei o Presidente da República sobre um ‘cardápio’ de possibilidades constitucionais.

Ele determinou a Intervenção Federal. Eu e a assessora Letícia redigimos o Decreto no celular. Esse Decreto, escrito em minutos, faz parte da história da vitória da democracia.

O Presidente da República decidiu decretar a Intervenção Federal. Chamei os secretários Ricardo Capelli (nomeado Interventor) e Diego Galdino (adjunto de Cappelli), que trabalham comigo desde o Governo do Maranhão. Mostrei a conflagração na Praça dos 3 Poderes e orientei: ‘desçam lá e comandem pessoalmente a polícia militar do DF’. Eles concordaram sem vacilar, com notável senso de dever patriótico.

No auge da tensão, lembrava o passo a passo dos dias 31 de março e 1º de abril de 1964. Li muito sobre esse golpe e tais leituras me ajudaram na hora decisiva de assessorar o Presidente da República. A história não se repetiu e a democracia venceu”.

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