A divulgação de que a Prefeitura de São Luís contratou, via Secretaria Municipal de Cultura (Secult), o “Instituto Juju e Cacaia tu és uma bênção”, por R$ 6,9 milhões, para realizar açõs relacionadas ao pré-Carnaval e ao Carnaval da capital maranhense, gerou fortes críticas ao prefeito Eduardo Braide (PSD) em virtude do desenrolar do caso.
Um dos primeiros a se manifestar sobre o assunto foi o deputado estadual Yglésio Moyses (sem partido). O parlamentar criticou a exoneração de auxiliares da secretaria. “Não dá para acreditar numa situação como essa. A preocupação é real e a responsabilização está muito acima dos auxiliares que foram exonerados”, destacou.
Já o deputado federal Duarte Júnior (PSB), em entrevista nesta quinta-feira (1º), falou duramente sobre o caso. “A gente não pode aceitar que, em um período como este, diante de tanta transparência, o prefeito de São Luís ache que a culpa é do secretário de Cultura, do chefe de gabinete, do chefe do jurídico. Quer dizer, o prefeito acha que todo mundo está errado, o próprio irmão está errado, porque destinou verba para o instituto fazer evento, e ele é o único probo ali?”, questionou.
Nas redes sociais, também houve forte impacto negativo diante das denúncias.
Veja algumas:
Sem explicações
A denúncia de que a Secult havia contratado por R$ 6,9 milhões um instituto na Cidade Olímpica ganhou repercussão no domingo, 28. Depois disso, uma sucessão atos – e falta de explicações claras sobre o que motivou a anulação do contrato – tornou o assunto ainda mais nebuloso.
Primeiro a pasta se enrolou para explicar a anulação do termo de colaboração firmado com a entidade: informou que havia recebido ainda na sexta-feira, 26, uma recomendação da CGM neste sentido – mas nunca apresentou o tal parecer.
Ao anular efetivamente o contrato, foi apresentada, na verdade, uma manifestação da PGM, posterior à primeira denúncia do fim de semana.
Nesse meio tempo, a Secult exonerou dois servidores, que negam qualquer irregularidade, e viu o próprio Instituto Juju e Cacaia negar a existência de qualquer ilícito na sua contratação.
Para completar, Braide mostrou ter acusado o golpe ao mandar recado sobre o assunto enquanto anunciava uma obra no Socorrão II. “Enquanto uns falam, eu trabalho”, disse ele, em vídeo nas redes sociais, no qual aparece visivelmente contrariado. Ele também anunciou que vai interpelar judicialmente a ex-servidora da Secult Aulinda Lima, porque, em entrevista à TV Mirante, ela sugeriu que o gestor sabia do contrato.
Em meio a tanta polêmica, contudo, ainda resta uma dúvida: qual ilegalidade foi cometida em todo esse processo que gerou a anulação de um contrato – além da exoneração de dois servidores e do secretário de Cultura?
Tudo errado! Escolinha Comunitária Evangélica para cuidar de Carnaval? 6,9 milhões pra fazer o que mesmo? Realmente, a máscara de Braide caiu. E o pior, Marquinhos, que sempre foi uma pessoa respeitada na cidade, sai desse episódio chamuscado, como se fosse ele o “vilão”, o culpado, o ladrão??? Tudo por causa de Braide? Pra poupa-lo?? Sinceramente…