Um assessor do deputado estadual Fernando Braide (PSD) na Assembleia Legislativa do Maranhão aparece em novas imagens já em poder da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) no caso do veículo encontrado na terça-feira (30), na Rua das Andirobas, bairro do Renascença, com mais de R$ 1 milhão acondicionados em caixas no porta-malas.
O auxiliar foi identificado como Guilherme Ferreira Teixeira. Ele exerce a função de secretário executivo do gabinete do parlamentar, com salário bruto de R$ 5,1 mil.
Por meio de sua assessoria, Braide declarou ao Imirante que “está surpreso” com a notícia de envolvimento do assessor no caso, mas adiantou que aguardará a conclusão das investigações antes de tomar qualquer decisão.
Ele também anunciou, ainda por meio da assessoria, que, como está de licença do mandato, caberá ao seu suplente, Soldado Leite (PSC), decidir se mantém o servidor atuando, ou o exonera.
Imagens – As imagens obtidas pela Seic mostram um evento ocorrido no dia 16 de julho de 2024. Na ocasião, Guilherme Teixeira sai do Clio vermelho no qual estava o dinheiro, entra num Honda Fit preto do lado do carona, e sai do local.
Nessa ocasião, o veículo foi deixado na mesma rua onde foi encontrado nesta semana, mas a polícia acredita que ele foi retirado de lá algumas vezes.
No dia da abordagem policial que dessobriu a quantia milionária, não foi Teixeira quem apareceu para prestar esclarecimentos, mas sim Carlos Augusto Diniz da Costa, o “Makilas”, agora servidor exonerado da Secretaria Municipal de Informação e Tecnologia (Semit) da Prefeitura de São Luís. Foi quem apareceu em uma reportagem da TV Mirante conversando com policiais militares após a descoberta do veículo.
Dinheiro vivo – Os investigadores também já sabem o caminho da negociação de compra e venda do veículo. Ele pertencia ao pai de um empresário identificado como Davi Barros, e foi negociado com um mecânico identificado como Marivaldo.
Depois disso, o mecânico colocou o carro à venda numa loja na Avenida São Luís Reide França, de onde foi adquirido por R$ 20 mil, em dinheiro vivo, por “Makilas”.
Tanto o empresário, quanto o mecânico e o dono da loja de revendas já foram ouvidos e confirmaram as negociações, apesar de a transferência da propriedade do veículo ainda não haver sido feita nos sistemas do Departamento Estadual de Trânsito do Maranhão (Detran-MA).
A polícia segue investigando o caminho do dinheiro para descobrir sua origem, e a possível existência de crime na sua obtenção.
CARA DE PAU. Usando carro da família, agora vai dizer que não sabia de nada! E essa dinheirama toda, o motorista achou na rua? Me compre um bode!