O advogado Armando Serejo, que representa o médico Antônio Braide – irmão do prefeito de São Luís, Eduardo Braide, e do deputado federal Fernando Braide, ambos do PSD -, esteve nesta terça-feira,13, na sede da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), onde seu cliente era aguardado para depor no caso do “Carro do Milhão”. Mesmo intimado, contudo, ele não compareceu.
Segundo seu defensor, “Tonho” aguarda que os investigadores primeiro lhe disponibilizem acesso aos autos.
“A defesa, quando se habilitou, pediu acesso aos autos. Vimos buscar os autos, e hoje a gente compareceu para juntar outra petição dizendo que a gente quer ter acesso aos autos que já foram documentados, aos depoimentos, aos vídeos – que é uma quantidade muito grande, segundo o doutor Plínio [Napoleão, delegado da Seic] falou. A gente quer entender o que está acontecendo”, disse Serejo, em entrevista a um grupo de jornalistas presentes ao local, e exibida pela jornalista Alessandra Rodrigues no programa Abrindo o Verbo, da Mirante News FM.
“Depois que nós tivermos acesso a todo o manancial probatório, a gente vê a possibilidade de ele prestar esclarecimentos”, completou.
O advogado também respondeu a questionamentos sobre o possível envolvimento do médico com o Honda Fit preto utilizado no “resgate” de Gullherme Teixeira, ex-assessor de Fernando Braide, no dia 16 de julho – quando ele deixou o Clio vermelho na Rua das Andirobas, no Renascença, com mais de R$ 1 milhão no porta-malas.
Tonho” Braide foi citado pelo próprio irmão gestor como sendo aquele que normalmente usa o veículo. “Até onde nós sabemos, não é que o veículo seja do seu Antônio Braide. Em verdade, é um veículo que ele é usado por todos os membros da família, e o senhor Antônio Braide também é um dos membros da família que utiliza o carro. Mas o carro é, podemos dizer que é um carro da família, que é utilizado para fins domésticos, de buscar criança na escola, supermercado, essas coisas, pelos motoristas”, declarou Armando Serejo.
“Acreditamos nós que o doutor Eduardo [Braide] não utiliza, porque ele deve ter os carros funcionais da Prefeitura, e o deputado [Fernando Braide] também não. Enfim, acreditamos que fica mais no âmbito dos motoristas que servem os familiares”, finalizou.