O ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), revogou, na última quinta-feira, 12, a decisão que havia afastado do cargo o juiz maranhense Cristiano Sima. Ele foi um dos alvos da Operação 18 Minutos, deflagrada no mês passado pela Polícia Fedral.
Na decisão, Noronha atendeu a um pedido da defesa do magistrado – que está sendo representado no caso pelo escritório do advogado Daniel Leite – e autorizou eu retorno às atividades, “desde que em varas diversa daquelas onde tramitam processos cíveis contra bancos”.
A decisão já foi comunicada ao corregedor-geral de Justiça do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), desembargador José Luiz Oliveira de Almeida.
Na ação, a PF investiga possíveis fraudes processuais para saques de alvarás judiciais do Banco do Nordeste (saiba mais).
Na semana passada, também foram beneficiados por decisões do ministro do STJ, revogando medidas cautelares, a desembargadora Nelma Sarney, do TJMA, o advogado e ex-deputado Edilázio Júnior e o empresário e candidato a Prefeito de Paço do Lumiar Fred Campos.
Esse espírito de corpo do Judiciário é uma vergonha.
O cara se envolve no esquema criminoso e o Judiciário ainda manda o cara voltar ao cargo (a cena do crime).
Um vergonha esse país.
O Maranhão nem se fala.
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O ministro mandar voltar mas proibindo o juiz de tratar de assunto que envolva banco é pitotesco.
É como dizer: a raposa não pode se aproximar do galinheiro por que não resiste a tentação.