O juiz eleitoral Fábio Gondinho de Oliveira, da 72ª Zona Eleitoral, deferiu nesta segunda-feira, 30, mais um pedido da coligação “Construindo a Nova História”, representada pelo escritório da advogada Anna Graziella Neiva, para suspender pesquisa eleitoral que seria divulgada em Mirador.

Os dados estavam sendo colhidos pela DataM, para .publicação na próxima quarta-feira, 2.

Segundo a agremiação partidária, o levantamento apresentou as seguintes irregularidades: ausência da indicação da fonte pública dos dados utilizados no plano amostral, quesito de avaliação da administração do governador Carlos Brandão, indicado nominalmente, o que favoreceria a candidata Domingas Cabral, que é apoiada pelo Governador; coleta de dados pessoais de entrevistados no questionário aplicado, especificamente nome do entrevistado e telefone, o que seria vedado pela legislação eleitoral.

Em eu despacho, o magistrado destacou a possibilidade de manipulação dos números, em virtude da inclusão de pergunta sobre avaliação do governo estadual.

A referida pesquisa eleitoral é adstrita ao cargo de prefeito e vereador desta circunscrição eleitoral, não havendo nexo a presença de nomes de candidatos, ex-candidatos ou até mesmo políticos de esferas distintas. No caso dos presentes autos, o questionário abordado traz perguntas sobre a avaliação da administração do governo de Carlos Brandão, governador do estado do Maranhão, o que pode gerar um sentimento de apreço ou desprezo no inquirido, gerando desequilíbrio na disputa eleitoral. Embora a pesquisa eleitoral realizada se destinasse apenas à coleta de dados referente aos cargos de Prefeito e Vereador do município de Mirador/MA, foram direcionadas perguntas aos entrevistados referentes à atuação do Chefe Executivo Estadual, desnaturando–se a sua esfera de abrangência (art. 2o, X da Resolução TSE n.o 23.600/2019)”, ressaltou.

A liminar pela suspensão da consulta assemelha-se a uma concedida pelo mesmo juiz na semana passada, para barrar pesquisa da AR7 (reveja).