O Maranhão do crescimento equilibrado

Por Carlos Brandão

A cada ano que passa se torna mais impressionante a força demonstrada pelo agronegócio maranhense. E, isso, pudemos constatar durante a 19ª Agrobalsas, o maior evento do setor realizado no Maranhão. Um verdadeiro show de exemplos de desenvolvimento, inovação, transferência de informações e tecnologia avançada. Um caminho que nos mostra o quanto somos grandes e o quanto ainda podemos crescer.

Mas esta semana foi muito especial também porque assinamos um Memorando de Entendimento com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), para que o Maranhão possa ter acesso a recursos do Fundo Verde para o Clima (GCF, na sigla em inglês). Essa medida abrange a área da Amazônia Legal e vai beneficiar pequenos produtores, comunidades tradicionais e povos indígenas. Com isso, formalizamos o comprometimento do Estado com os resultados de REDD+ (Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal).

Também nesta semana aconteceu algo histórico e que quero destacar. Depois de muitos estudos, lançamos o Projeto Amazônico de Gestão Sustentável (PAGES), em parceria com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), órgão das Nações Unidas voltado para o desenvolvimento rural sustentável.

Considero um grande marco, que renderá muitos belos frutos no futuro, nessa soma de preservação e recuperação ambiental com produção agrícola de alimentos saudáveis. Serão mais de US$ 37 milhões investidos na melhoria da subsistência e na segurança alimentar e nutricional de agricultores familiares maranhenses, promovendo atividades de conservação e o uso sustentável da floresta amazônica com ações de proteção e reflorestamento das populações rurais do estado.

O PAGES, a princípio, vai beneficiar 80 mil pessoas com foco na agricultura familiar, incluindo comunidades indígenas e tradicionais, como um grande instrumento de agroindustrialização para a região da Amazônia Maranhense, um bioma importante que tem sofrido um processo crescente de degradação nos últimos anos. O projeto atuará em uma área de 58.755 km², que se estende por 37 municípios e aproximadamente 72% da Floresta Amazônica do estado.

Implementá-lo é uma grande vitória que vai fortalecer o trabalho dos agricultores familiares com a execução de ações que garantam a segurança alimentar e nutricional, a regularização fundiária, o apoio produtivo por meio de serviços de assistência técnica e a geração de renda aos seus beneficiários.

Inegavelmente, somos um grande celeiro, com toda a atenção para os pequenos, médios e grandes produtores, que encontram no Maranhão as condições necessárias para produzirem. Por isso, ainda nesta semana, estivemos na Agrobalsas com cerca de 20 secretarias e instituições governamentais, apresentando serviços e programas voltados os produtores rurais.

E uma de nossas maiores preocupações foi disponibilizar nossas equipes para tirar dúvidas sobre a regularização fundiária. Isso significa paz no campo, uma das principais metas de nosso governo.

A chegada do PAGES, unida ao que os produtores demonstraram em Balsas, nos mostra que o Maranhão participa, efetivamente, de uma grande revolução no campo; voltando os seus olhos para a tecnologia e para a inovação, mas construindo um ambiente de crescimento sustentável, que respeita as comunidades tradicionais.

Abrir espaços para o novo, em favor da produção e da geração de emprego e renda para nossa gente é essencial. No entanto, é importante que isso seja feito buscando a redução da pobreza rural e a diminuição do desmatamento e da degradação ambiental na região amazônica do Maranhão. O que queremos é proporcionar um crescimento de forma equilibrada, onde todos tenham direito às oportunidades, com fomento à agricultura familiar, moradia, educação e saúde. Somos todos um só Maranhão. E cresceremos juntos.

2 pensou em “O Maranhão do crescimento equilibrado

  1. Ainda não tem nada,,,,, só pintando paredes, reformas de muros, por enquanto nenhuma obra de impacto…..Maranhão bonito só na tv….O Estado continua pobre e sem desenvolvimento….Só papo furado, migué.!

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