Desembargadora diz que TRT-MA dividiu-se em ‘facções’; eleição pode parar no CNJ

A desembargadora Ilka Esdra Silva Araújo, do Tribunal Regional do Trabalho no Maranhão (TRT-MA), fez uma espécie de desabafo, nesta quarta-feira, 18, após a eleição da também desembargadora Márcia Andrea Farias da Silva como nova presidente da Corte.

Após a confirmação do resultado, ela pediu a palavra.

“O que eu não quero é ver o meu tribunal prestigiar ilegalidades, o meu tribunal desandar dessa forma, ter partidos, facções, que nem o Comando Vermelho e o PCC”, disse.

Márcia Andrea elegeu-se com quatro votos. Outros quatro desembargadores abstiveram-se de votar depois de o plenário declarar a inelegibilidade do seu concorrente, o desembargador Gerson de Oliveira Costa Filho.

Na disputa pela vice, candidatura única do atual presidente, desembargador Carvalho Neto. Mas ele só obteve cinco votos – e outros três abstiveram-se de votar.

As duas acirradas disputas acabaram motivando o discurso da desembargadora.

O caso pode acabar no CNJ, como informa o jornalista Zeca Soares.

Outro lado

Em nota encaminhada ao blog, a desembargadora Ilka Esdra manifestou-se sobre o caso.

Veja:

Sr. jornalista Gilberto Léda,

Tomando conhecimento de matéria veiculada em seu blog, intitulada “Desembargadora diz que TRT-MA dividiu-se em facções; eleições podem parar no CNJ” achei por bem fazer alguns esclarecimentos, que peço sejam incluídos na matéria:

Eu jamais afirmei que o TRT havia sido dividido em facções, como indicado na manchete da matéria aqui respondida, mas apenas manifestei o meu desejo de não ver isso acontecer.

E falei isso dentro do contexto de que havia sido requerido a suspeição do atual Presidente da Corte, que sequer colocou a mencionada suspeição para julgamento, violando o Regimento Interno do Tribunal; a Lei de Organização da Magistratura Nacional e a Lei Processual Cível, o que resultou em nulidades absolutas que irremediavelmente deverão ser levadas ao CNJ, a quem caberá a decisão final e soberana sobre o assunto.

Atenciosamente,

Desembargadora Ilka Esdras Silva Araújo

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