A Assembléia Legislativa do Maranhão aprovou, na manhã desta quarta-feira (26), por 30 votos a 7, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 011/2011 – a chamada “PEC da Bengala” -, de autoria do deputado Tatá Milhomem (PSD), que eleva para 75 anos a idade para aposentadoria compulsória de magistrados.
Até hoje, a idade máxima era 70 anos.
Votaram contra a PEC apenas os deputados Marcos Caldar (PRB), Bira do Pindaré (PT), Zé Carlos (PT), Eliziane Gama (PPS), Rubens Junior (PC do B), Carlinhos Amorim (PDT) e Edilázio Junior (PV).
Este último foi o autor de um pronunciamento contundente contra a aprovação da matéria. Segundo ele “é vergonhoso” o posicionamento da Casa.
“É vergonhoso para esta Casa uma matéria claramente inconstitucional ainda conseguir um parecer favorável na Comissão de Constituição de Justiça”, destacou.
O parlamentar lembrou que já há uma PEC com o mesmo objetivo parada em Brasília e alegou que o mais correto seria cobrar o andamento da proposta na capital federal.
“Por que não ir a Brasília cobrar dos deputados federais a retomada da discussão deste assunto. Aprovar esta ‘PEC da Bengala’ é fazer esta Casa passar vergonha”, completou.
Edilázio também corroborou a especulação segundo a qual o interesse dos deputados maranhenses ao aprovar a matéria é provocar uma chegada mais rápida do assunto ao Supremo Tribunal Federal (STF), o que garantiria, de uma vez, a liberação do aumento da aposentadoria, já que há um lobby muito grande dos próprios ministros dos tribunais superiores pela aprovação da nova regra.
Ele destacou, ainda, que, se pode haver a “PEC da Bengala” agora, “nada impede que, na próxima legislatura haja uma ‘PEC da Bengala 2’, e na próxima uma ‘PEC da Bengala 3’”, ampliando a idade da compulsória para 80 e até 90 anos de idade.
“Mas se pode a ‘PEC da Bengala’, também pode a ‘PEC da Sombra e Água Fresca’, não pode? Pode-se apresentar uma PEC para que o funcionário público comum se aposente aos 50 anos?”, questionou.
Tatá defende PEC
Em discurso, o deputado Tatá Milhomem voltou a defender a medida. Segundo ele, a PEC não é impositiva, apenas abre a possibilidade de o magistrado aposentar-se aos 75. “Mas ele pode sair aos 70, como é hoje, se quiser”, ressaltou.
Sobre a inconstitucionalidade, Milhomem usou de retórica. “Inconstitucional é a insegurança pública que grassa neste País, insegurança que por mais que se faça não se consegue; inconstitucional é se vir aqui não para defender ideias, não para defender aquilo que o povo quer, e sim dizer aquilo que o povo quer ouvir, e nem sempre o povo está com a razão. Isso que é preciso que nós tenhamos honestidade para dizer, honestidade de enfrentar”, completou.
Sobre os interesses ligados à aprovação da Proposta, Milhomem disse que, da parte dele, não há mais intenção de ocupar cargo público algum. “Quando eu imaginei esta PEC, junto com o Deputado Manoel Ribeiro, nós estávamos pensando em alguma coisa maior, nós não estamos pensando em beneficiar ninguém. Na minha idade não estou almejando nenhum cargo público”, concluiu.
Por mais, que eu queira respeitar esses Deputados, mais fica difícil, atendendo interesses mil, de uma minoria aproveitadora, de uma cambada que não trabalha de verdade, somente faz de conta, se já são improdutivo imagine, agora trabalhar até os 75, porisso que esse Maranhão não vai pra frente!. Um bando de Deputados descompromissados para com o Povo, estão ai para defender os interesses mesquinho de uma minoria privilegiada, que são os que menos trabalham.
Pelo menos nesse caso houve exceções