Com equilíbrio financeiro, governo capta recursos para investimentos no MA

Com uma política fiscal que hoje é referência no Brasil, o Maranhão vive uma situação econômica bem mais confortável que a de outros estados, como Rio Grande do Norte, Paraíba, Paraná, Roraima e Rondônia, alguns sem recursos até para pagamento do funcionalismo e do 13º salário. Respaldado pelo trabalho de promoção do equilíbrio financeiro, o Governo do Estado, que já realiza uma série de obras, está captando créditos em instituições financeiras para a execução do Viva Maranhão, programa com iniciativas de impacto para setores como saúde, educação, infraestrutura, saneamento e combate à pobreza extrema.

“Tudo que o Maranhão está fazendo está dentro do Programa de Ajuste Fiscal, que é muito rigoroso. Há um planejamento traçado, segundo o qual, em 2014, o fluxo de caixa do Estado será muito mais confortável que o de hoje”, assegurou o secretário de Estado de Planejamento e Orçamento, João Bernardo Bringel.

Nesse contexto, Bringel esclareceu que a dívida real do Maranhão está sendo reduzida gradativamente, o que vai continuar acontecendo pelos próximos anos. Em 2011, a dívida real do Estado era de 0.63% da receita líquida, sendo que, em 2012, deverá ser de 0.52%; em 2013 reduzirá para 0.51%; e, em 2014, chegará a 0.50%. Em termos de valores, no ano passado, a dívida do Maranhão era de R$ 4,691 bilhões. Neste ano, registrará queda, chegando a R$ 4.051 bilhões. Já em 2013, deve reduzir para R$ 4.038 bilhões, baixando para R$ 4.028 bilhões em 2014.

De acordo com João Bernardo Bringel, a dívida total do Maranhão está bem abaixo do limite permitido pelo Tesouro Nacional, segundo o qual um Estado pode dever até uma vez o valor de sua receita líquida. Como no Maranhão, a receita líquida é de R$ 8 bilhões, o valor na atualidade não alcança nem 50% do permitido pela legislação.

O secretário observou que, nesse cenário de crise, o Maranhão conserva uma condição fiscal diferente da dos outros estados, que sofrem também com medidas como a redução do Imposto sobre Produto Industrializados (IPI) pelo Governo Federal, que provocou queda no repasse do Fundo de Participação dos Estados (FPE), entre outras. Bringel ressaltou, ainda, que o Maranhão está quitando suas contas e pagando os servidores em dia.

“Dentro desse trabalho de ajuste fiscal e financeiro, o governo opera tendo em vista os recursos necessários para pagar as despesas e, também, a adequação ao que vai entrar no caixa, isto é, a despesa deve ser sempre menor que a receita”, observou. Bringel fez o contraponto citando a situação do Paraná – por problemas nas finanças, está proibido de realizar concurso e de conceder aumento ao funcionalismo – e do Rio Grande do Norte, com problemas para pagar salários dos funcionários.

Ele observou que, mesmo com a crise, o Maranhão aprovou e implementou o Plano Geral de Carreiras, Cargos dos Servidores Públicos Estaduais (PGCE), com investimentos que chegam a R$ 1,6 bilhão até 2015. A ação, que beneficia 88 mil servidores estaduais efetivos (61 mil da ativa e mais de 26 mil aposentados e pensionistas previdenciários), garantiu reajuste salarial a algumas categorias que varia de 120% a 330%. O governo, mesmo com a medida, continua obedecendo a capacidade financeira do Estado e respeitando a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Além disso, o Maranhão ainda está conseguindo apoio financeiro para fazer a execução de mais projetos. “O esforço do Maranhão na área fiscal, nesses últimos três anos, é reconhecido e é em consequência desse trabalho que o Estado está conseguindo buscar recursos para novos investimentos, porque temos que nos preparar para receber esses investimentos que estão chegando, com mais estrada e mais tecnologia. O Viva Maranhão foca no desenvolvimento econômico com inclusão social”, destacou.

Viva Maranhão

A solicitação de empréstimo ao Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), aprovada semana passada na Assembleia Legislativa, é apenas uma das etapas no processo que vai resultar na execução desses novos projetos. Consentido pelos parlamentares, o pedido, agora, segue para avaliação do Tesouro Nacional e, depois, vai para a instituição credora, para a análise dos projetos a serem desenvolvidos e elaboração de contrato.

O processo de solicitação de crédito data do início do ano, tendo o secretário chefe da Casa Civil, Luís Fernando Silva, como responsável pela coordenação e elaboração dos estudos para a viabilização da iniciativa. De acordo com ele, os R$ 3,8 bilhões serão utilizados para a execução de um projeto que, além de garantir a infraestrutura necessária ao desenvolvimento econômico do estado, visando os grandes empreendimentos que se instalam no estado – somando R$ 120 bilhões -, vai trazer melhor qualidade de vida aos maranhenses.

Do total a ser liberado, R$ 2,8 bilhões serão de créditos obtidos direto junto à instituição e R$ 1 bilhão virá do Programa de Apoio ao Investimento dos Estados e Distrito Federal (Proinveste).

Luis Fernando Silva destacou que o Programa Viva Maranhão incluirá iniciativas nas áreas de Modernização e Ampliação dos Serviços de Saúde e Saneamento (no valor de R$ 877 milhões), Integração Rodoviária dos Municípios (R$ 693 milhões), Modernização e Gestão Pública (R$ 52 milhões), Ampliação da Infraestrutura e Modernização da Educação (R$ 454 milhões), Desenvolvimento Social, Inclusão Produtiva e Superação da Pobreza (R$ 500 milhões) e Mobilidade Urbana (R$ 620 milhões). “O projeto será uma grande intervenção, na forma de obras e ações do governo”, detalhou o secretário chefe da Casa Civil.

12 pensou em “Com equilíbrio financeiro, governo capta recursos para investimentos no MA

  1. “Com uma política fiscal que hoje é referência no Brasil, o Maranhão vive uma situação econômica bem mais confortável que a de outros estados”…E fazendo empréstimo de mais de 3 bilhões de reais, é brincar com o povo.

    • Mas é justamente pq o estado está em boa situação que pode fz o empréstimo… se estivesse mal, não o faria… entende?

    • Luis Carlos, não é de bom tom falar daquilo que a gente não entende. Pode levar certas pessoas a pensarem que somos idiotas.

  2. É o quê devem fazer os governos: informar o que ocorre ao povo, mesmo coisas altamente técnicas como as do ramo de Economia e Finanças. Feliz de quem merece crédito se sabe usa-lo. A esperança de melhores arrecadações no estado num futuro bem próximo, dá condição de fazer grandes empreendimentos agora. Pensar que vai haver desvio não é pensamento construtivo.

  3. Gilberto,

    É essa política de arrocho que justifica o repasse pífio para os órgãos estaduais? Por que tem órgão que não vê um tostão há mais de 1 mês? Por que o orçamento do Estado será executado em menos de 60%? Por que estamos vivendo tantos cortes? Então tudo isso é para melhorar em 2013?
    Conta outra…
    Campanha, camarada!

  4. Que fique bem claro os atos do govermo, mesmo que assuntos de Finanças e Investimento é coisa para quem tem conhecimento. Dá palpite já requer prudência e temer desvio de recuros, não tem fundamento. Feliz quem tem crédito e sabe usar. A pespectiva de melhor arrecadação no futuro próximo dá condição de ir fazendo o que for possivel.

  5. 877 milhões nas mãos de Ricardo Murad!…..? chame o 190 !!!!!!!!!!!!!! por favor!!!!!!! rápido!!!!!!!!!!!!!!!!!1

    • POLITIZADO? Política é arte e deve ser praticada com decência! Nem sei quem esse Murad mas críticar também é ciência. GROSSERIA. é revelação de pouca cultura. Vamos manter o bom nível quando debatemos os proplemas que realmente são da nossa conta.

  6. “Equilíbrio financeiro”? rsrsrsr!! cara, todo mundo sabe que vc é do lado da Rosengana, mas pow, não força tanto nesses posts que tentam ficar justificando as coisas que tua madrinha faz, pow, fica meio ridículo!!! não vamos ver nem metade desse dinheiro traduzido em ações para a população, fala sério, ninguém é burro pra acreditar nessas coisas… não força!!

  7. Meu Caro Blogueiro,
    Se o Estado está bem das pernas, tá na hora da Governadora dar aquele aumento de salário para os servidores. Sabe porque o Estado está equilibrado e pode contrair empréstimos? Muito simples meu amigo, o Governador José Reinaldo fez o dever de casa, o Simão Cirineu pagou direitinho os empréstimos que Rose tinha feito nos anos anteriores, e Jackson tambem só pagou e não tomou emprestado. Agora, Rose pode pegar um monte de dinheiro emprestado para os Futuros governadores pagar, como ela fez quando foi governadora de dois mandatos.

  8. Caro Gilberto, o estado pode até estar equilibrado, mas mergulhado na mediocridade, basta ir`na Ceasa e ver que o Piauí que está no Polígono das Secas, sofrendo neste momento, ainda assim produz mais que o Maranhão. Agente vive disputando com Alagoas os piores índices sociais em tudo. Meu medo é ver outras 20 obras inconclusas de hospitais , simplesmente pq o tiozão passou na véspera da eleição e levou aqueles 500 , 600 … que o empreteiro não teve como não dar. Historinho que tu podes confirmar com aquele tiozinho que tem o material de construção. Essa dinheira é muito boa, mas a raposada vai fazer festa dentro do galinheiro.

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