URGENTE! Temer é flagrado negociando mesada em troca de silêncio de Cunha

Temer teria autorizado pagamento a Cunha para obter silêncio do ex-deputado. Crédito: O Globo

Com informações de O Globo e Veja

Em negociação de acordo de delação premiada, os donos da JBS Joesley e Wesley Batista gravaram um áudio em que o presidente Michel Temer aparece dando aval para o pagamento de uma mesada ao ex-deputado Eduardo Cunha e o operador Lúcio Funaro, que estão presos, segundo informações divulgadas pelo jornal O Globo e repercutidas por Veja.

Segundo a reportagem, Temer indica diante de Joesley, o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), para resolver um assunto da J&F (holding que controla a JBS). Depois, Rocha Loures foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil enviados por Joesley. Temer também ouviu do empresário que estava dando a Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro uma mesada na prisão para ficarem calados. Diante da informação, Temer incentivou: “Tem que manter isso, viu?”.

 

Abaixo, trechos da reportagem de O Globo

Por volta de 22h30m do dia 7 de março, Joesley Batista entrou no Palácio do Jaburu. Michel Temer estava à sua espera. Joesley chegou à residência oficial do presidente com o máximo de discrição: foi dirigindo o próprio carro para uma reunião a dois, fora de agenda. Escondia no bolso uma arma poderosa — um gravador. Temer havia chegado pouco antes em casa, logo depois do seu último compromisso do dia: uma passada rápida na comemoração dos 50 anos de carreira do jornalista Ricardo Noblat.

 

Todo o diálogo foi gravado por Joesley. Tem trechos explosivos. Num deles, o dono da JBS relatou a Temer que estava dando mesada a Eduardo Cunha e Lúcio Funaro para que ambos, tidos como conhecedores de segredos de dezenas de casos escabrosos, não abrissem o bico. Temer mostrou-se satisfeito com o que ouviu. Neste momento, diminuiu um pouco o tom de voz, mas deu o seu aval:

— Tem que manter isso, viu?

Em seu depoimento aos procuradores, Joesley afirmou que não foi Temer quem determinou que a mesada fosse dada. Mas que o presidente tinha pleno conhecimento da operação cala-boca.