De O Estado
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O debate sobre retomada do auxílio emergencial no Brasil – em virtude do prolongamento da pandemia da Covid-19 e da baixa taxa de vacinação no país – tem colocado em lados distintos o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), e deputados de oposição ao seu governo.
Em reiteradas manifestações nas redes, o comunista tem cobrado do governo Jair Bolsonaro (sem partido) que retome o pagamento do benefício a famílias que perderam renda em virtude das medidas restritivas adotadas nos estados e municípios para conter o avanço do vírus.
“Volta do auxílio emergencial é um imperativo sanitário e social. Mesmo que seja por período curto. A economia não vai reagir com o atraso na vacinação, causado pelo negacionismo, e a ausência de uma forte política de investimentos públicos. Sem consumidores não existe ‘mercado’”, destacou ele, no Twitter, no final do mês de janeiro.
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Na Assembleia, os deputados oposicionistas César Pires (PV) e Wellington do Curso (PSDB) têm sido os mais ativos na cobrança de que seja criado um auxílio emergencial estadual.
Pires lembrou, nesta semana, que Dino segue cobrando a continuidade do benefício pago pelo governo Bolsonaro, logo, por questão de coerência, deveria atender a uma indicação sua, feita no início dos trabalhos legislativos na Assembleia, de criação do benefício estadual.
“O governador tem cobrado do presidente da República a manutenção do auxílio emergencial. Assisti na entrevista coletiva do presidente Othelino dando relevo a essa situação proposta pelo governador Flávio Dino, ou seja, Executivo e Legislativo propondo a cobrança ao presidente da República. Ora, se há uma cobrança junto ao Governo Federal, é importante que tenhamos um auxilio emergencial estadual, já que o Maranhão tem quase 13% da sua população abaixo da linha de pobreza, ganhando menos de 85 reais”, afirmou.
César Pires tem destacado, ainda, que é preciso apenas ter prioridade na gestão para que se viabilize os recursos para o auxílio emergencial. O deputado lembrou o quanto de acréscimo já teve na Comunicação, em detrimento de outros setores.
“Nós vimos aqui a forma com que o governador fez de subtrair dois bilhões, cento e oitenta e sete milhões de reais do sistema de segurança para dois bilhões, cento e onze. No entanto, saiu em 2018 de cinquenta e seis para oitenta e nove milhões o sistema de propaganda do governo para propalar o quê? A miséria do povo do Maranhão imposta também não só pela pandemia, mas por ele. Ora, se pode fazer esse exagero no campo midiático, por que também não dar a contrapartida ao povo do Maranhão com um benefício emergencial de ao menos duzentos reais, ou seja, 1/3 do que ele cobra para o Governo Federal?”, questionou.
Sugestão – Já na quarta-feira, 3, o deputado Wellington do Curso apresentou uma sugestão que poderia resolver possível problema de falta de verba para o pagamento do auxílio pelo Estado do Maranhão: o uso de recursos do Fundo Maranhense de Combate à Pobreza (Fumacop), abastecido com arte do ICMS arrecadado no Maranhão.
O tucano apontou que, de acordo com a lei orçamentária vigente, o Fundo acumula um total de R$ 683.372.000,00.
Ao justificar a solicitação, o deputado Wellington citou a Lei nº 8.205/2004, que regulamenta o Fumacop e o Decreto nº 24.513/2008, que também prevê a possibilidade da aplicação de recursos para esse fim.
“A Lei nº 8.205/ 2004, assegura no artigo 14, inciso IV, que as ações de combate à pobreza observarão algumas diretrizes, entre elas o combate aos mecanismos de geração de pobreza e de desigualdades sociais. Ora, a pandemia, sem dúvida alguma, se enquadra nessa hipótese, já que, por conta dela, muitas pessoas ficaram desempregadas. Além disso, o Decreto nº 24.513/2008, garante que o produto das Receitas do Fundo serão aplicados em programas e ações de relevante interesse social dirigidos para melhoria da qualidade de vida. Portanto, é evidente que o governador Flávio Dino pode sim, caso queira, implantar o auxílio emergencial para as famílias maranhenses”, disse o deputado Wellington.
Esse porco faz o que faz com o povo e vem cobrar do Governo Federal a possibilidade de QUEBRAR o país. Concordo com o deputado César Pires; se uma montanha de dinheiro pode ser gasto com promoção pessoal na imprensa, com apartamentos para a boa vida de presidiários, porque não destacou uma parte dessa quantia para socorrer aqueles que não podem trabalhar porque são obrigados a fechar seus negócios?