A estranha desaceleração das obras do PAC Cidades Históricas em São Luís

rua_grandeO mais recente adiamento do início das obras de revitalização da Rua Grande, em São Luís, começa a preocupar auxiliares do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT).

A obra deveria ter começado no início do mês, depois dia 20 de janeiro, passando então a fevereiro e, agora, tem previsão apenas para março – o que deve atrasar, e muito, o cronograma de execução, em virtude das chuvas.

Mas não é apenas a postergação dessa obra, especificamente, o que preocupa.

A verdade é que, desde a mudança de comando no Instituto do Patrimônio Histórico e Arquitetônico (Iphan), há um estranho processo de desaceleração de importantes obras do PAC Cidades Históricas na capital do Maranhão.

Além da Rua Grande, estão numa espécie de limbo – sem ações concretas definidas – as obras de revitalização do Mercado Central, da Praça Deodoro, do Praça João Lisboa e, ainda, de pelo menos cinco prédios históricos que abrigam setores da Prefeitura de São Luís.

Detalhe: em todos os casos, as contrapartidas – do Município ou do Estado – já estão garantidas.

Por todo o Centro Histórico há prédios que já foram até desapropriados e pagos  e deveriam estar sendo reformados (mesmo assim, o Iphan quer continuar fazendo audiências públicas, que já são feitas desde 2011, sem nenhum resultado prático).

A pressão recai, então, sobre o Instituto do Patrimônio Histórico, hoje dirigido pelo arquiteto Alfredo Costa, indicado do deputado federal Waldir Maranhão (PP). Ele não tem conseguido, sequer, executar o orçamento que tem à disposição – e a busca por recursos para obras parece paralisada.

Vale lembrar que, na sua saída, a ex-superintendente Kátia Bogea reclamara que o órgão havia virado “moeda de troca” política (reveja).

É melhor pensar que Waldir Maranhão e o seu aliado não seriam capazes disso.

5 pensou em “A estranha desaceleração das obras do PAC Cidades Históricas em São Luís

  1. Toda obra do PAC depende de recursos federais, apesar da contrapartida do Estado e do município, como todos sabem.

    Acontece, Gilberto, é que o país está quebrado, sem dinheiro para tocar as obras, e praticamente tudo quanto é obra do PAC, pelo país inteiro, está paralisada. Assim, o município, mesmo com a ajuda do Estado, não tem como executar obras do PAC.

    Já viram quantas obras do PAC, especialmente a construção de apartamentos populares, estão paralisadas desde a virada do ano de 2014 para 2015?

    No Maranhão Novo, próximo ao condomínio Torres do Sol, estão os esqueletos de dezenas de apartamentos, completamente abandonados. Pior: ninguém tem a menor ideia de quando serão retomadas.

    O setor de construção civil do país, depois da Operação Lava-Jato, encolheu tanto que chegou a demitir, só em 2015, quase 500 mil empregados. E muitas construtoras pequenas, que não conseguiram, ou ainda não conseguem receber os atrasados, quebraram.

    E como os brasileiros sabem, a desolação acontece em todos os segmentos da economia. Não há um so que esteja navegando em mar de almirante ou em céu de brigadeiro. O PT colocou o país nessa merreca que hoje está, sem a menor previsão de saída dessa crise, que mistura inflação, recessão e estagflação.

    JESUS DOS SANTOS

  2. Desaceleração também na ponte Pai Inácio no Turu, obra anunciada para dezembro aqui no blog e ate agora nada.

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