SÓ GOGÓ! Flávio Dino fracassa como articulador pró-Dilma

(Foto: Roberto Stuckert Filho/ PR)

(Foto: Roberto Stuckert Filho/ PR)

Dono dos mais eloquentes e efusivos discursos a favor da manutenção do mandato da presidente Dilma Rousseff (PT), o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), não tem conseguido fazer mais do que isso: discursar – seja em eventos com a presidente, seja nas redes sociais.

Quando o assunto é a articulação política, o corpo a corpo na busca pelo voto que pode impedir a cassação da presidente, o desempenho do comunista está abaixo da crítica.

Basta ver o posicionamento da bancada federal maranhense.

Na lista mais atualizada, dos 18 parlamentares do estado, 11 estão decididos a votar pelo impeachment de Dilma. Entre eles, gente da base do governador, como Eliziane Gama (PPS), Waldir Maranhão (PP) – João Castelo (PSDB) nem entra nessa conta por uma questão partidária.

Nem deputados considerados “independentes”, como Cleber Verde (PRB) e Victor Mendes (PSD), ele conseguiu convencer. Neste último caso, na verdade, provocou foi uma mudança de voto, ao protagnizar uma desatrada abordagem (saiba mais aqui).

A, como que para chancelar a falta de habilidade política do governador, ainda há possibilidade clara de o ex-governador José Reinaldo (PSB), um dos deputados federais mais próximos do Palácio dos Leões, decidir-se pelo impedimento da presidente.

Um desastre só.

De outro lado, apenas seis deputados devem votar contra o impaechment. E apenas dois deles podem ser considerados votos obtidos por proximodade com Dino: o de Rubens Pereira Júnior (PCdoB) e o de Pedro Fernandes (PTB).

Nas rodas políticas, diz-se que, na verdade, o voto de Rubens Júnior é o único que Flávio Dino controla.

Nenhum mais.

Como diria Luis Fernando Silva, hoje no PSDB: Flávio Dino é mesmo nota 10 em gogó…

A lista atualizada é a seguinte:

A favor

João Castelo (PSDB)

Aluisio Mendes (PTN)

Juscelino Filho (DEM)

Eliziane Gama (PPS)

Waldir Maranhão (PP) – pode mudar

Sarney Filho (PV)

André Fufuca (PP)

Cléber Verde (PRB)

Victor Mendes (PSD)

Hildo Rocha (PMDB)

Alberto Filho (PMDB)

Contra

Zé Carlos (PT)

Rubens Júnior (PCdB)

Weverton Rocha (PDT)

João Marcelo (PMDB)

Júnior Marreca (PEN) – pode mudar

Pedro Fernandes (PTB)

Indecisos

José Reinaldo (PSB) – deve votar a favor

6 pensou em “SÓ GOGÓ! Flávio Dino fracassa como articulador pró-Dilma

  1. Falar de José Sarney é fácil Flavio Dino; ser ele é outra coisa.
    Fraquinho como governador, e fraquinho como articulador.
    Resumindo: um desastre total.

  2. Pior do que a derrota é a desonra” Winston Churchill

    Concretizado o impeachment, a quem a presidente Dilma Roussef deve responsabilizar pela derrota?

    Cada cientista político, ou homem comum do povo interessado nos destinos do Brasil, exercerá o direito de apresentar aquela que lhe parece a melhor versão.

    Há pouco mais de um ano a reeleição de Dilma, e o desmantelamento da oposição tucana, pareciam indicar que padeceríamos uma década, ou mais, de hegemonia petista. A campanha Lula-2018 não estava nas ruas, mas era tida como inevitável e provavelmente vitoriosa.

    O projeto de poder (qualificado como criminoso) mostrava-se bem articulado e sólido. Contava com o apoio incondicional do PMDB, partido do vice-presidente Michel Temer, e de siglas de menor expressão, seduzidos por ministérios, diretorias de estatais e farta quantidade de empregos. Considerável número de fanáticos militantes, e legiões de recrutados pela bolsa família, forneciam as massas de manobra eleitoral. O incentivo ao endividamento fazia felizes milhões de pequenos consumidores, aos quais a economia subdesenvolvida, e a injusta distribuição de rendas, dificultaram, durante décadas, o acesso a bens de consumo.

    A campanha de 2014 confirmou a frase de Mao-Tse-Tung: a vitória é mãe de muitas ilusões. Concluída a vistosa cerimônia de posse, com o povo de volta às casas, as tropas aos quartéis, e as delegações estrangeiras aos países de origem, clima pesado de incerteza desceu sobre Brasília e a verdade se desnudou, para revelar ao mundo a verdadeira face do país em recessão, endividado, desacreditado, vítima de pedaladas fiscais, abatido por formidável onda de corrupção.

    Credito ao povo o desmanche do pesadelo petista. Manifestações espontâneas não deixaram dúvidas da repulsa às pretensões hegemônicas do PT. Foram as massas populares, mobilizadas pelas redes sociais, que mostraram aos políticos tradicionais que repudiavam o governo, a soberba e a prepotência da presidente Dilma, a ineficiência do Ministério loteado entre os partidos da base aliada.

    Atuação essencial teve, também, a imprensa que o governo petista tentou calar, mediante ameaças de regulamentação inspirada no modelo chavista. Mais uma vez o jornalismo livre cumpriu o seu dever na defesa da democracia.

    2015entrará para a história como o ano em que o jovem magistrado Sérgio Moro democratizou o Código Penal, remetendo ao cárcere grandes empresários e notórias raposas da vida pública, que acreditavam na impunidade pela força do dinheiro.

    A classe política, porém, mais uma vez decepcionou, vindo à reboque dos acontecimentos. Na vigésima quinta hora despertou e resolveu se movimentar, mas, como sempre, o fez de maneira atropelada e comprometedora. Quem assiste, pela televisão, os debates e as votações na Câmara dos Deputados, por certo perde as últimas esperanças. Salvaram-se o presidente da Comissão Especial, deputado Rogério Rosso, e o relator, deputado Jovair Arantes, que, com habilidade e enorme dose de paciência, para evitar provocações petistas, levaram a bom termo os trabalhos.

    O comportamento dos parlamentares, incapazes de se conduzirem de forma civilizada, é a prova cabal do colapso do sistema político-partidário.

    Segundo as últimas pesquisas, faltam menos de 10 votos para a admissão da denúncia pela Câmara dos Deputados. A responsabilidade será, a partir da decisão do final da semana, transferida ao Senado.

    Creio que o impeachment se tornou questão de tempo. Dizia Winston Churchill, no auge da Batalha da Inglaterra, que pior do que a derrota é a desonra. Presidente Dilma Roussef, preserve o que lhe resta. Proceda à altura das responsabilidades do cargo. Não prolongue o nosso sacrifício. Renuncie antes de ser deposta, e se retire para o Rio Grande do Sul com alguma dignidade. A Nação ser-lhe-á eternamente grata.

  3. Parabenizar os Deputados Rubens Pereira Jr e Weverton Rocha pelo papel que estão fazendo. Grande passado já tiveram, imagine a partir de agora o futuro.

  4. Pingback: De como o gogó de Flávio Dino ficou nacionalmente conhecido | Gilberto Léda

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