A transferência de líderes da Polícia Militar, determinada pelo comando da Segurança Pública do Estado (reveja), gerou reações, ontem, (26), na Assembleia Legislativa.
E por parte de deputados da base governista, que é ainda mais revelador do problema que o Palácio dos Leões pode ter arrumado.
Os deputados Cabo Campos (PP) e Wellington do Curso (PPS) criticaram a mudança de batalhões de de PMs considerados “cabeças” dos recentes movimentos grevistas da categoria e prometem até mesmo ações judiciais caso a pressão política não resolva.
Em discurso, Campos tratou os casos como “perseguição”.
“O soldado Diego é do município de Bacabal e, por uma questão de perseguição, está sendo transferido por atritos entre o comandante daquela região e a tropa. Estivemos com o secretário de Segurança pedindo a transferência desse comandante, pois está fazendo um desfavor à sociedade maranhense. E o que receberam os colegas de lá foi à transferência do soldado Diego. Não diferente faz o nosso comandante-geral da Polícia Militar do Estado do Maranhão, Coronel Alves, que, de maneira repressiva, arbitrária, impensada, transfere o soldado Leite para Presidente Dutra. Fica aqui o meu repúdio”, afirmou.
Ele lembrou que, curiosamente, o soldado Leite foi escolhido pelos PMs do Maranhão como o representante da corporação em uma comissão que trata justamente das transferências de policiais no Maranhão. “O camarada que foi eleito pela categoria para ser o representante de uma Medida Provisória do Governador do Estado do Maranhão para tratar sobre transferências e seus abusos, hoje está sendo transferido”, completou.
Wellington do Curso condenou o que considerou “constrangimento” para as famílias dos policiais militares.
“O que se compreende dessa situação é que se trata de perseguição a esses dois jovens militares, dois defensores da briosa Polícia Militar. Esses dois militares não fizeram nada que desabonasse a conduta deles. Esses dois militares não fizeram nada que prejudicasse a corporação. Nós não podemos nos calar, não podemos passar despercebidos a uma situação dessas. E o constrangimento que causa para a família militar”, declarou.