Humberto Coutinho cita José Sarney ao tomar posse como presidente da AL

coutinhoNem Flávio Dino (PCdoB), muito menos o saudoso Jackson Lago (PDT) – ou, ainda, Neiva Moreira ou Maria Aragão.

Foi José Sarney (PMDB) o escolhido por Humberto Coutinho (PDT) como primeiro citado em seu discurso logo após tomar posse como presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão.

Numa espécie de resposta à deputada Andrea MUrad (PMDB) – que havia criticado em discurso o atrelamento da AL ao Governo do Estado com a eleição do pedetista -, Coutinho garantiu que a Casa será independente.

sarneyE emendou: “Não existe democracia sem um parlamento livre. Este parlamento é livre, este parlamento é independente”.

A frase “Não há democracia sem parlamento livre” é de autoria do ex-presidente da República José Sarney e, a propósito, está grafada

Alexandre Almeida diz que procurou Sousa Neto antes de formação de bloco

De O Estado

O deputado estadual reeleito Alexandre Almeida (PTN) se posicionou ontem (30) em relação ao protesto do correligionário, deputado Sousa Neto (PTN) – reveja -, de que ele não teria sido procurado para discutir a composição de bloco parlamentar na Assembleia Legislativa.

alexandre_almeidaAlmeida afirmou que tentou em várias ocasiões conversar com o colega, mas sem obter êxito. Alexandre também assegurou ter tomado todas as decisões políticas em sintonia com os comandos estadual e nacional da sigla.

De acordo com o parlamentar, não houve uma tentativa de isolar Sousa Neto da composição de bloco. Ele afirmou que respeita e tem apreço pelo correligionário e que buscou o diálogo, que somente não ocorreu pela indisponibilidade do colega.

“Eu tentei por diversas vezes falar com Sousa Neto, mas não consegui. Sempre que eu ligava o seu telefone estava desligado. Também encaminhei mensagens de texto, mas não foram respondidas. Então, fui avançando, uma vez que o partido me deu a liderança, e por conta disso passei a falar em nome do partido”, disse.

Almeida também afirmou que o próprio Sousa Neto reconheceu, em certa ocasião, que estava ausente do processo político para resolver questões pessoais.

“Quando conversamos, há alguns dias, e expliquei que eu havia tentado ligar para ele, sem sucesso, ele admitiu que estava com o telefone fora de área, justamente para tratar de questões pessoais. Nesse momento, mostrei o que havia sido acertado em relação ao bloco. Por isso, estranhei o posicionamento dele”, completou.

Bloco – O PTN passou a integrar bloco parlamentar que deve reunir o PSC, PV, DEM e o PSL. O bloco tem 12 membros e conseguiu indicar três para a Mesa Diretora da Casa.

Graça Paz (PSL) ficará com a terceira vice-presidência; Edilázio Júnior (PV) com a primeira secretaria e César Pires (DEM) com a terceira secretaria da Mesa. Alexandre Almeida ficou com o futuro líder do bloco.

Sousa Neto, por sua vez, aguarda a manifestação da direção nacional da sigla em relação a participação do PTN no bloco. Afirma que se for mantida a composição, se desligará do partido.

Neto Evangelista é exonerado da Sedes

netoO deputado estadual Neto Evangelista (PSDB) foi exonerado esta semana da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Agricultura Familiar (Sedes).

Aos mais apressados, explica-se que o ato, no entanto, é mera formalidade.

Eleito para o segundo mandato parlamentar, o tucano precisava deixar o cargo no Executivo para tomar posse na Assembleia, no próximo domingo (1º).

A exoneração é datada do dia 28 de janeiro.

Após a posse e eleição da nova Mesa Diretora da Casa, Evangelista licencia-se do mandato no Legislativo, e volta à Sedes.

Sousa Neto aciona direção nacional por saída do PTN de bloco de apoio a Coutinho

De O Estado

sousaO deputado estadual eleito Sousa Neto (PTN) informou ontem, em entrevista a O Estado, que deu uma espécie de ultimato à direção nacional do partido: ou o comando determina a saída da legenda de um bloco formado com PSDC, PSC, PV e DEM – em apoio à candidatura de Humberto Coutinho (PDT) à presidência da Assembleia Legislativa – ou ele pedirá desfiliação.

“Espero até sábado para receber uma decisão final da Diretório Nacional sobre isso”, anunciou.

Neto reclama que não foi consultado sobre a formação do bloco e acusa o deputado reeleito Alexandre Almeida de haver confirmado a presença do PTN sem a sua anuência.

“Criaram um bloco, e eu digo criaram porque eu não fui consultado, apesar de ser do PTN, com PSDC, PSC, PV, PTN e DEM. Nesse quesito de composição de bloco eu não fui consultado em nada. Só fui comunicado, depois de confirmada a composição”, garantiu.

A O Estado, o deputado Alexandre Almeida disse, por telefone, estar em uma reunião quando acionado. Até o fechamento desta edição ele não havia retornado a ligação.

Sousa Neto acrescenta que ele e Almeida foram eleitos na base da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) – que apoiou o senador Edison Lobão Filho (PMDB) na campanha para o Governo do Estado – e que, portanto, o PTN deve fazer parte da oposição.

“O posicionamento do PTN hoje, em relação ao governo é de oposição. Não podemos, então, chancelar a candidatura a presidente do indicado pelo governador Flávio Dino”, completou.

Ele afirmou que formalizou uma manifestação de protesto à direção nacional da sigla.

“Comuniquei a direção nacional do PTN do meu protesto sobre essa atitude que o deputado tomou, sem me consultar, de colocar o partido num bloco de governo, se chamando de bloco independente, e me colocando numa situação desagradável porque eu sou oposição e não compactuo com isso”, finalizou.

Sousa Neto declara voto em Andrea Murad

sousaO deputado estadual eleito Sousa Neto (PTN) quebrou o silêncio hoje (27) e, por meio de postagem em sua página pessoal no Facebook, declarou que votará em Andrea Murad (PMDB) para presidente da Assembleia Legislativa.

A peemedebista lançou-se candidata na semana passada, como forma de protesto à debandada de parlamentares eleitos pelo grupo da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB), mas que já aderiram a Humberto Coutinho (PDT), candidato do governador Flávio Dino (PCdoB) na disputa pelo comando da Casa.

Sousa Neto justificou seu posicionamento alegando que o modelo de Flávio Dino é o mesmo do seu principal opositor na cidade de Santa Inês, o prefeito Ribamar Alves (PSB).

“Posicionei-me publicamente contra o projeto político liderado por Flávio Dino, pois é o mesmo pregado pelo PSB e que fracassou em Santa Inês, minha principal base eleitoral”, escreveu.

Ele citou, ainda, o “simbolismo” da candidatura de Andrea Murad.

“Em respeito aos 48.118 eleitores que confiaram nas minhas propostas, serei um parlamentar de oposição a partir de 1º de fevereiro. E como tal, também defendo o fortalecimento da Assembléia Legislativa como poder independente e atuante, como fiscalizador dos atos do Executivo e sempre em defesa dos interesses da população. E é com esse posicionamento que votarei em Andrea Murad para a presidência da Assembléia, pelo simbolismo da sua candidatura”, completou.

Veja acima a íntegra da declaração do deputado.

Cutrim reclama de espaços concedidos a neo-aliados na AL

cutrimO deputado estadual Raimundo Cutrim (PCdoB) anda “soltando fogo pelas ventas”, como se diz no popular.

O motivo da “zanga” do comunista é o tratamento que lhe foi dispensado pelos aliados durante a divisão de forças – e de prestígio – na Assembleia Legislativa.

O deputado aderiu ao comunismo ainda em 2013 e marchou ao lado do governador Flávio Dino (PCdoB) desde a sua pré-candidatura. Mas viu colegas de parlamento “que só chegaram agora” abocanhando fatias maiores (e melhores) do bolo na Casa.

Cutrim queria a todo custo ser alçado ao posto de 1º secretário (ou de 1º vice-presidente) da Mesa Diretora da AL. Na pior das hipóteses, ele toparia ser líder do governo.

Mas viu o primeiro cargo ser garantido a Edilázio Júnior (PV), o segundo, a Othelino Neto (PCdoB) e de quebra, assistiu de camarote à entrega da a liderança do governo a Rogério Cafeteira (PSC). Para piorar, o líder do maior bloco do governo na Casa será o deputado Eduardo Braide (PMN).

Excetuando-se Othelino, da lista acima todos eram roseanistas de carteirinha até anteontem.

Para tentar contornar a situação, ainda ofereceram ao deputado Raimundo Cutrim a 2ª vice-presidência, a 2ª secretaria, ou, quem sabe, a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O comunista não quis nem saber.

Contam amigos do deputado que ele já nem sequer atende mais as ligações de Huberto Coutinho (PDT), nem de Marcelo Tavares (PSB).

JÁ ERA! Humberto Coutinho reúne 28 deputados

IMG_6660.JPGDepois de uma semana articulando separadamente com grupos de deputados, Humberto Coutinho (PDT) contou com a presença de 28 dos seus eleitores num encontro que praticamente sacramentou sua eleição como novo presidente da Assembleia Legislativa.

Na noite deste sábado (24) ele deu um jantar na área de lazer do condomíno onde mora e garantiu a presença de todos os mais recentes apoiadores de sua candidatura.

Quem não foi, justificou presença, garante boa fonte do blog.

Como diria um grande amigo meu: “morreu Maria Preá!”.

PS. (às 23h02): Logo após a publicação deste post, um amigo fez uma sagaz pergunta: “Holandão está na foto?”. Como se pode observar, não.

PS. 2 (às 23h14): Outro grande amigo garante que Holandão estava no jantar e que eram 32 os presentes, não apenas os 29 da foto.

Em resposta a Joaquim Haickel, Andrea Murad se diz vítima de machismo

Política ultrapassada, reações enérgicas

Por Andrea Murad

Caro Joaquim,

Tenho em você uma referência importante e sempre estou atenta às suas declarações opinando sobre os passos que tenho dado neste início da minha carreira como parlamentar. Confesso que, quando anunciei essa candidatura, já imaginava que viria algum comentário seu. Respeito a sua opinião, mas penso diferente. Agradeço a sua preocupação, mas vou aproveitar pra falar à todos que pensam que, por eu ser mulher e filha de político, sempre vou tomar decisões influenciadas pelo meu pai, Ricardo Murad. Está na hora da nossa classe política parar com esse pensamento machista de achar que uma política, por ser mulher, sempre tem um homem mandando por trás. Isso é um engano, eu, por exemplo, tomo as minhas decisões de acordo com as minhas vontades. De fato, tenho muito respeito e admiração pelo meu pai. Ele sempre viu em mim características para ser uma grande política, acredita em mim, mas o meu mandato e o meu desempenho não dependem de Ricardo Murad. Aliás, ele ficaria profundamente decepcionado se minha atuação dependesse dele. Este pensamento é ultrapassado e uma fuga para não admitirem que precisamos fazer o que é certo.

andreaConstrangimento? A minha ‘anticandidatura’ foi uma escolha minha e jamais será motivo de constrangimento para mim. Nem estou preocupada se terei apenas o meu voto. Mais uma vez, a classe política se mostra cada vez mais amedrontada com a nova política que se forma. Lancei uma candidatura pra marcar posição diante desse cenário porque nenhum outro teve a coragem de tomar a frente do que realmente nós representamos para o nosso eleitorado. Não é vergonha alguma ser oposição, defender uma causa, uma ideia e manter um posicionamento. Quem entra na política sabe muito bem que ela tem dois lados e que em algum momento terá que ser oposição e isso é natural. A alternância de poder é fundamental para a democracia e temos que respeitar a vontade do povo. Mas esse mesmo povo escolheu que eu ficasse na oposição e eu escolhi seguir e ser fiel aos compromissos assumidos com meus eleitores. E se meu amigo Joaquim me observar um pouco mais, verá que não sou mulher de ser comandada porque na política, acima de tudo, precisamos ter personalidade, caráter e palavra.

Exposição? Não estou expondo o meu grupo a uma derrota desnecessária até porque o meu grupo já se expôs o suficiente. Agora, se faz muito necessário o partido se posicionar onde realmente é o seu lugar, na oposição e, infelizmente, alguns acham que ainda não é o momento de enfrentar a realidade. Prova disso é o PMDB nunca pedir a minha opinião sobre a presidência da AL. Apenas decidiram sem levar em conta o meu pensamento e só se manifestaram porque eu fui à imprensa protestar pela candidatura única. Eu fui rebatida, prontamente, pelo meu próprio grupo. Nem assim, diante das divergências, fui chamada para opinar a respeito e quando fui chamada já estava tudo praticamente definido. Desde o início desse debate venho dizendo que o partido precisa se alinhar e dialogar. Não sou arrogante, não sou prepotente, não sou autoritária, respeito opiniões contrárias às minhas e acho o diálogo fundamental para resolver qualquer questão. Fui eleita como todos os outros, fui a deputada mais votada do partido, não acredito que o meu posicionamento não tenha que ser levado em conta, assim como o de qualquer outro membro.

Respeito a opinião de cada um, na política aliados também divergem, mas quero que o respeito seja recíproco. Ninguém vai mandar por mandar, achando que eu devo obediência pq comigo não irá funcionar assim. O partido agiu da mesma forma que o governo, impondo. Por isso, a minha candidatura é uma forma de protesto também contra o meu próprio grupo político e contra Flávio Dino, que quer calar a oposição atraindo todos os deputados com acordos pessoais para não ter oposição na AL. Agora, nem que seja apenas um deputado, a AL terá oposição. E na minha posição de candidata terei voz e atitude para dizer o que realmente penso sobre o que está acontecendo no cenário atual da nossa política.

Adriano Sarney e as condições para apoiar Humberto Coutinho

humbertoO deputado eleito Adriano Sarney (PV) atrelou seu apoio a Humberto Coutinho (PDT) na disputa à presidência da Assembleia a duas condições.

A primeira foi obter de Coutinho a palavra de que a Assembleia manterá uma posição de independência em relação ao Governo do Estado.

A segunda foi a de que caberá ao PV a vaga de 1º Secretário, segundo posto mais importante da Mesa Diretora. Para o lugar, o partido indicou o deputado reeleito Edilázio Júnior.

Apesar do apoio declarado a Humberto Coutinho, Adriano Sarney e Edilázio Júnior ressaltaram em reunião, ontem, com o pedetista que empunharão a bandeira da oposição na Assembleia.

O PV deverá compor com PSC, PTN e DEM aquele que pode se tornar o maior bloco do Legislativo estadual, com 10 parlamentares.

Existe a possibilidade de que outras legendas se juntem ao bloco, com a perspectiva de sacramentar três assentos na Mesa Diretora.

(As informações são da coluna Estado Maior, de O Estado)

Joaquim Haickel critica Ricardo Murad por “anticandidatura” de Andrea

joaquimO ex-secretário de Estado dos Esportes, imortal Joaquim Haickel, criticou hoje (23) o deputado estadual Ricardo Murad (PMDB), a quem acusou de expor a filha, a deputada eleita Andrea Murad (PMDB), a constrangimento por sua autoproclamada “anticandidatura” a presidente da Assembleia Legislativa.

O anúncio da candidatura peemedebista foi feito ontem (22) – releia.

Para Haickel, a entrada de Andrea o jogo sucessório da AL, declaradamente “para perder”, é “bravata” de Murad, o pai.

“Essa atitude nada tem de bravura, mas sim de bravata de seu pai, que deveria ter juízo e não expor sua filha, que tem tudo para ser uma excelente parlamentar, a um constrangimento desses. Mais que isso, expor o comando de seu grupo a uma derrota desnecessária”, escreveu.

Pode apostar que haverá volta.