Sindicalistas pedem que Flávio Dino desista de corte de 21,7%

De O Estado

dinoRepresentantes de centrais sindicais do Maranhão solicitaram ontem, em reunião no Palácio dos Leões com os secretários de Estado de Articulação Política, Márcio Jerry (PCdoB), e de Direitos Humanos, Francisco Gonçalves (PT), que o Governo do Estado desista do agravo regimental por meio do qual recorreu de decisão contrária à administração estadual no julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 317.

Em dezembro do ano passado, o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu pelo não provimento da ação, garantindo reajuste de 21,7% a servidores de níveis médio e fundamental do Executivo, do Judiciário e do Ministério Público do maranhão.

Recurso -­ A gestão Flávio Dino, no entanto, recorreu da decisão e nesta semana conseguiu um parecer do procurador­geral da República, Rodrigo Janto, pelo provimento do agravo. Se o STF reformar o voto do ministro­relator, os servidores terão cortado o reajuste.

“Essa proposta tem o intuito de compor uma solução administrativa com cada categoria. Sobre esse assunto, a decisão é prerrogativa exclusiva do governador, que deverá participar da próxima reunião com as Centrais Sindicais”, explicou Lins.

Apesar de propor o diálogo, o presidente do Sindjus diz estar confiante de que o reajuste de 21,7% será mantido pelo STF e acrescenta que a posição das centrais sindicais “é de não descansar” enquanto não houver o julgamento final da ADPF nº 317.

“Em síntese, a reunião foi positiva e nela houve importantes avanços. Mas, quanto à ADPF 317, a posição do Sindjus­MA e das entidades sindicais de servidores públicos é de não descansar. Estamos agendando audiências com todos os ministros do STF, pedindo o ingresso de todas as entidades no processo como amicus curiae e pedindo, inclusive, que entidades sindicais nacionais também se habilitem como terceiras interessadas no processo”, destacou.

Em seu parecer desta semana, Rodrigo Janot argumenta que se opõe à Constituição Federal o pressuposto de que deveria ser estendido a todo o funcionalismo o reajuste salarial de 30%, concedido em 2006 pelo então governador José Reinaldo (PSB) apenas a servidores de nível superior ­ os 21,7% são diferença entre esse percentual máximos e os 8,3% dados aos servidores de nível médio e fundamental.

Caxias recebeu R$ 600 mil para o Carnaval

caxiasA lista publicada ontem (19) sobre o destino dos recursos do Governo do Estado para o Carnaval (reveja), como se disse, não é final.

Além da publicação em bloco realizada no Diário Oficial do dia 26 de fevereiro, há várias outras isoladas.

Uma delas é a do convênio com a Prefeitura de Caixas. Se inicialmente o mais alto valor transferido a prefeitos havia sido R$ 350 mil – para Tuntum -, no dia 10 de março o DO trouxe a quebra do “recorde”.

Para o município de Caxias o Governo Flávio Dino (PCdoB) encaminhou nada menos que R$ 600 mil.

Uma ajuda e tanto, não?

FARINHA D’ÁGUA? Dino oferece banquete de frutos do mar a ministro no Palácio

flavio1Vai ser muito difícil o governador Flávio Dino (PCdoB) manter a coerência no que diz respeito às críticas que fazia à ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) por conta dos gastos com banquetes nas dependências do Palácio dos Leões.

No início do ano, ele decidiu não homologar a compra de 180 quilos de salmão e igual quantidade de bacalhau do Porto, produtos que haviam sido licitados no ano passado. Também criticou duramente a inclusão de lagosta no cardápio governamental.

Pois eis que hoje (20), não mais que três meses depois de assumir o cargo, o comunista oferece um verdadeiro banquete ao ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Valdir Simão.

Ele esteve em São Luís para a cerimônia de assinatura do termo de adesão do Maranhão ao Programa Brasil Transparente.

No cardápio, oferecido a pelo menos 100 convidados, “Arroz do Mar”, iguaria que leva diversos frutos do mar. Quem participou do almoço, surpreendeu-se, por exemplo, com  tamanho dos camarões servidos aos convidados.

“Eram gigantescos”, disse um dos comensais ao titular do blog.

Mas, justiça seja feita: não havia lagostas no prato; tampouco farinha d’água.

Oposição vai à PGJ contra atos da Comissão de Licitações do Estado

protocoloOs deputados da bancada de oposição na Assembleia Legislativa protocolaram hoje (20) representação na Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ) do Maranhão solicitando que o Ministério Público ingresse com Ação Civil Pública por improbidade administrativa contra o Executivo, em decorrência do desrespeito à Lei Federal de Licitações e ao Código de Licitações e Contratos do Estado do Maranhão, quando da exigência de pelo menos dois servidores efetivos da Administração Direta ou Indireta do Executivo na composição da CCL.

Os oposicionistas dizem que há apenas um servidor efetivo do estado – um professor da Uema. O governo alega que um servidor do MPT, cedido ao estado, também é contado, nesse caso, como efetivo do Executivo estadual. Mas o deputado Edilázio Júnior (PV) revelou ontem (19) que nem cedido o funcionário está.

“Esperamos que o MPE acate essa representação e que investigue o fato denunciado para propor, caso seja, uma ação contra o governo, solicitando que o Executivo regularize a situação ilegal que hoje se encontra na formação da Comissão Central de Licitação. A denúncia comecou com uma dúvida, se comprovou que não existe dois servidores do Estado e queremos apenas fazer justiça e que o governo corrija essa irregularidade”, destacou Adriano Sarney.

Segundo a denúncia formulada no início da semana pelo deputado Adriano, a CCL tem apenas um membro efetivo, cedido pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), o outro é servidor do Ministério Público do Trabalho (MPT), Luís Carlos Oliveira Silva. Este que, apesar de já ter participado de licitações, sequer foi cedido pelo órgão para atuar no Governo e no portal da transparência nada consta a seu respeito, segundo revelou o também deputado Edilázio Júnior.

“O que já era ruim ficou pior ainda, a lei é clara – o Ministério Público do Trabalho não faz parte da administração pública do Estado. Esperamos que o Ministério Público possa dar uma resposta a essa irregularidade nas licitações do Governo!”, continuou Edilázio.

Para a deputada Andrea Murad, os parlamentares têm o dever de fiscalizar os atos do governador e agir, quando necessário, para impedir que ilegalidades sejam cometidas, comprometendo a moralidade dos processos licitatórios.

“Se a lei especifica bem quem são os membros da CCL eu acho que a lei precisa ser cumprida. Então, não podemos deixar, num caso como esse, que os interesses próprios do governador se sobressaiam diante do que a lei diz. É pra isso que estamos aqui e assim será a nossa oposição, quando for necessário, acionar a justiça e ela é quem vai dizer se o governador está certo em nomear alguém que não cumpre o requisito legal para compor a Comissão”.

” As ações de hoje serviram para mostrar que nós da oposição, estamos atentos e não aceitaremos, de forma alguma, qualquer tentativa de atos de ilegalidade e improbidade que o Governo já demonstra, no começo do mandato, estar tentando instaurar”, explica o deputado Sousa Neto. E isso é só o começo, esse foi nosso  primeiro passo, tenho absoluta convicção de que os outros da bancada oposicionista irão em algum momento fazer o seu papel e lutar conosco”, finalizou Sousa.

Os deputados também devem recorrer ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) para pedir a nulidade de todas as licitações feitas pela CCL do Governo Flávio Dino (PCdoB).

Veja quanto as prefeituras receberam do Governo Flávio Dino para o Carnaval

O blog disponibiliza abaixo a relação com os primeiros beneficiados pelos convênios do Governo do Estado para o Carnaval de 2015.

Os dados estão disponíveis no Dário Oficial do Estado do dia 26 de fevereiro.

No total, os primeiros dados disponibilizados somam quase R$ 8 milhões.

Entre as prefeituras, a de Tuntutm – do eterno aliado Cleomar Tema (PSB) – foi a mais bem aquinhoada, com R$ 350 mil. Entre as instituições, a Associação Maranhense de Blocos Carnavalescos, com R$ 3,7 milhões.

Veja abaixo os dados completos.

BeneficiadoValor Concedente
Associação Maranhense de Blocos Carnavalescos-AMBCR$ 3.765.140,00
Prefeitura Municipal de Bernardo do MearimR$ 100.000,00
Associação Cultural Bloco Tradicional os IndomáveisR$ 150.000,00
Prefeitura Municipal de Lago da PedraR$ 150.000,00
Associação Cultural MaracrioulaR$ 125.000,00
Prefeitura Municipal de Santa HelenaR$ 175.000,00
Prefeitura Municipal de Santa LuziaR$ 40.000,00
Instituto de Desenvolvimento Social Integrado-IDESIR$ 150. 000,00
Laboratório de Expressões Artísticas-LaborarteR$ 50.000,00
Centro de Atividades Rosa BrancaR$ 300.000,00
Prefeitura Municipal de Duque BacelarR$ 150.000,00
Prefeitura Municipal de Governador ArcherR$ 50.000,00
Prefeitura Municipal de Presidente JuscelinoR$ 50.000,00
Prefeitura Municipal de Alto Alegre do MaranhãoR$ 70.000,00
Companhia de Cultura Popular Catarina MinaR$ 200.000,00
Associação Brasileira para Administração de Eventos Promoção de Educação e Capacitação-ABRAOPECR$ 150.000,00
Prefeitura Municipal de LoretoR$ 40.000,00
Prefeitura Municipal de São MateusR$ 150.000,00
Prefeitura Municipal de Mata RomaR$ 50.000,00
Prefeitura Municipal de PedreirasR$ 40.000,00
Prefeitura Municipal de AnapurusR$ 50.000,00
Instituto de Solidariedade e Inclusão Social-SolisR$ 50.000,00
Máquina de Descascar’AlhoR$ 25.000,00
Associação dos Moradores do Residencial UniãoR$ 83.000,00
Grupo Folclórico Asa BrancaR$ 150.000,00
Prefeitura Municipal de Paulino NevesR$ 100.000,00
Prefeitura Municipal de BalsasR$ 150.000,00
Prefeitura Municipal de Lima CamposR$ 50.000,00
Prefeitura Municipal de IcatuR$ 40.000,00
Prefeitura Municipal de Governador Luís RochaR$ 50.000,00
Prefeitura Municipal de Santo Antonio dos LopesR$ 310.000,00
Prefeitura Municipal de PeritoróR$ 200.000,00
Prefeitura Municipal de TuntumR$ 350.000,00
Prefeitura Municipal de ParnaramaR$ 50.000,00
Prefeitura Municipal de PalmeirândiaR$ 70.000,00
Associação Brasileira para Administração de Eventos Promoção de Educação e Capacitação-ABRAOPECR$ 400.000,00
Instituto de Solidariedade e Inclusão Social-SOLISR$500.000,00
TOTAL >>R$ 7.933.140,00

Crise na Cultura ameaça Semana de Teatro

culturaO clima beligerante entre a secretária de Estado de Cultura, Ester Marques, e o diretor do Teatro Arthur Azevedo, Américo Azevedo Neto, ameaça a realização da Semana de Teatro do Maranhão, marcada para o mês de maio.

Ester tem feito o que pode (e o que não pode) para minar Américo – ele já praticamente não tem autonomia para resolver nada no Teatro.

Nem os funcionários indicados por ele foram nomeados pela titular da pasta, que também não o recebe, nem responde às tentativas de contato por telefone.

A consequência disso são os problemas para a realização do evento. O que preocupa os organizadores.

E quem perde é a cultura maranhense.

PGR dá parecer favorável a corte de reajuste de 21,7% de servidores do MA

#Candidatos e candidatas ao cargo de Procurador-Geral da República durante debate da Associação Nacional dos Procuradores da RepúblicaO procurador-geral da República, Rodrigo Janot, emitiu parecer favorável a agravo regimental interposto pelo governo Flávio Dino (PCdoB) para cortar reajuste de 21,7% concedido por decisão judicial a servidores de nível médio e fundamental do Executivo, do Judiciário e do Ministério Público.

A manifestação do procurador ocorreu na Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 317, que já havia sido julgada improcedente, em dezembro do ano passado, pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF).

No parecer, Janot argumenta que há “ofensa direta a preceitos fundamentais da Constituição da República nos acórdãos transcritos na inicial da ADPF, os quais podem, ademais, gerar gravíssima e inadministrável repercussão financeira sobre as finanças estaduais”.

Ao interpor o agravo de instrumento, a atual gestão pretende garantir a constitucionalidade da Lei nº 8.369/2006, que dispõe sobre a revisão geral anual dos servidores do Estado, garantindo aumento de 30% a servidores de nível superior, mas de apenas 8,3% aos de nível médio e fundamental.

A lei foi considerada inconstitucional pelo Tribunal de Justiça, que determinou, em ações isoladas protocoladas por sindicatos e trabalhadores, a implantação da diferença de 21,7% nos salários.

No ano passado, o governo Roseana Sarney (PMDB) já havia tentado barrar o reajuste linear, por meio da ADPF agora em análise.

Nela, alegou-se que, apesar de ter adotado índices de reajuste diferenciados, a Lei nº 8.369/2006 tem sido invocada por servidores que se dizem prejudicados e que, por isso, pleiteiam a aplicação do percentual de 21,7%.

Sustentou que as decisões judiciais favoráveis a esses servidores “estão a causar sérios danos de impacto orçamentário ao Estado”, e violam os princípios da legalidade, moralidade administrativa e da separação de Poderes.

O caso foi julgado pelo ministro do STF Celso de Mello, que rejeitou o trâmite da ação em dezembro de 2014. No dia 3 de fevereiro deste ano, o governo Flávio Dino, por meio da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), protocolou o agravo regimental agora apreciado.

Forro cai e gato é encontrado em UCI do Hospital do Câncer em São Luís

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A deputada estadual Andrea Murad (PMDB) fez hoje uma denuncia chocante na Assembleia Legislativa.

Da tribuna da Casa a peemedebista apresentou fotos do que, segundo ela, é o forro caído da Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) – antes chamada de Unidade Semi-Intensivo.

Além disso, há imagem de um gato flagrado deitado sobre um monitor cardíaco da mesma unidade.

“É chocante!”, comentou a deputada.

O blog apurou que o gato estava no telhado e caiu sobre o forro, levando-o abaixo.

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) foi acionada para encaminhar esclarecimentos sobre o caso.

“Os avanços são inegáveis”, diz Marcos Pacheco sobre gestão de Ricardo Murad

pachecoO secretário de Estado da Saúde, Marcos Pacheco (PDT), reconheceu ontem (17), durante audiência pública realizada pela Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, os avanços obtidos durante a gestão de Ricardo Murad na pasta.

“Os avanços [da rede estadual de Saúde] são inegáveis. Nós temos hoje uma rede estadual, por exemplo, que é muito boa, uma rede ampla”, disse.

O pedetista pontuou, apenas, que, na opinião dele, a manutenção da rede, em seu tamanho atual, é “inviável do ponto de vista financeiro”.

pacheco2O secretário ainda aproveitou sua explanação inicial para dar uma espécie de alfinetada em sua subsecretária, Rosângela Curado.

Ela é apontada como principal autora intelectual de “notícias” dando conta da queda de Pacheco da pasta.

“Eu sou só um funcionário público que fui colocado em um local para cumprir uma missão e pretendo levá-la até o final”, disse.

Problemas

Durante a audiência, a deputada Andrea Murad (PMDB) relatou vários problemas na rede estadual de saúde, como a falta de medicamentos, materiais hospitalares, falta do leite especial, paralisação de diversos serviços como as cirurgias eletivas e atraso nos pagamentos de terceirizados.

Quanto a superlotação das UPAs, ela reivindicou o retorno de um atendimento de qualidade nas unidades que foram inauguradas há anos e que nunca sofreu tanto com lotação.

A peemedebista ainda cobrou os motivos do repasse de R$ 9 milhões para a média e alta complexidade em Caxias já que a prioridade do governo, segundo Marcos Pacheco, é a atenção básica.

“Estamos diante de vários problemas de gestão, que provoca uma perda tamanha de eficiência da rede estadual, onde, o mínimo, era se manter o que recebeu garantindo o fluxo de rotatividade. Receber paciente, encaminhar, tratar e abrir novas vagas para pacientes. E isso não está acontecendo. A atual gestão não consegue manter o funcionamento da rede, mas envia Fundo a Fundo para Caxias. E aqui, na audiência, o próprio secretário reconheceu a superlotação nas UPAs e até no Hospital Carlos Macieira, confessou que está enfrentando dificuldades para manter o mesmo padrão, mas que vai tentar solucionar os problemas. E sobre as unidades de 20 leitos, Marcos Pacheco teve a infelicidade de declarar que muitas unidades são desnecessárias e que vai modificar o perfil de muitas delas, ou seja, desmanchar o que foi feito na saúde”, disse a parlamentar.

Peritoró: recado em receituário anuncia suspensão de cirurgias em hospital

peritoróA coisa está cada vez pior na rede estadual de saúde do Maranhão.

Como se já não bastassem os constantes atrasos de pagamentos dos salários dos terceirizados, algumas unidades agora sofrem coma  falta de material o que tem forçado à suspensão de procedimentos.

Foi o que ocorreu, por exemplo, no Hospital Geral de Urgência e Emergência de Peritoró.

Lá, o diretor Francisco Pedreira Martins Júnior usou uma folha de receituário para anunciar, no dia 12 deste mês, a suspensão de procedimento cirúrgicos eletivos, “até a segunda ordem (sic)”.

O blog entrou em contato com a Secom e com a assessoria de comunicação da SES para confirmar se a determinação ainda está em vigor. Aguardamos retorno.