Aliados de Dilma fazem o jogo do PSDB no MA

Dilma-Sarney-LulaOs aliados comunistas da presidente Dilma Rousseff (PT) no Maranhão ainda não se deram conta – na verdade, estão maravilhados com o apoio que têm recebido da “mídia nacional” na cruzada contra o senador José Sarney (PMDB-AP) -, mas fazem há duas semanas o jogo político do PSDB, principal adversário da petista na disputa presidencial de outubro.

Sem guarida em âmbito local, os comunas recorreram a Folha, Estadão, O Globo e afins na missão de “mostrar ao Brasil a barbárie que impera no Maranhão” – dentro e fora dos presídios, como alardeiam.

Acredita a oposição maranhense que a imprensa do sul e sudeste realmente se importa com a nossa situação. E por isso batem palma para tudo o que fazem, sem se dar conta de que, na verdade, o que a grande imprensa nacional vislumbrou, com o chamamento dos comunistas, foi apenas mais uma oportunidade de atingir Dilma.

Vinculando as recentes ocorrências no Maranhão a um aliado da presidente – na verdade um dos mais próximos -, Folha, Estadão, O Globo e afins, todos entusiastas da volta dos tucanos ao poder, entendem que podem enfraquecer a líder nas pesquisas.

O raciocínio é lógico e faz sentido. O que não dá pra entender é que membros do PCdoB, que faz parte da base de Dilma Rousseff, apoiem esse jogo contra a petista.

E depois reclamam do poder e da influência de José Sarney em Brasília…

Prefeitura de SLZ, orçamento sem emendas e discurso vazio

Interessante ver o grupo auto-intitulado “oposição” no Maranhão quando ele está no poder.

Já aconteceu no governo Jackson Lago (PDT) e acontece agora na gestão Edivaldo Holanda Júnior (PTC) à frente da Prefeitura de São Luís. O discurso se esvai quando a prática começa a ser conhecida.

Todos os anos, na Assembleia Legislativa, quando chega o período de votação do orçamento é aquela ladainha: os oposicionistas reclamam que o Governo não permite emendas,  ou que, quando muito, libera apenas algumas a aliados.

Mas, no caso da Prefeitura da capital, nem a aliados.

O  Orçamento de 2014 do Município foi aprovado ontem (17) sem uma emenda sequer. Nem mesmo as dos vereadores da base – o que acabou provocando revolta da vereadora Rose Sales (PTDR… ops, PCdoB) – veja post abaixo.

Foram 126 emendas propostas por sete parlamentares. Todas sumariamente rejeitadas ainda na Comissão de Orçamento.

E aí? A auto-intitulado “oposição” ainda terá condições de cobrar emendas ao Orçamento do Estado?

Gastão Vieira critica educação da “mudança de gogó”

gastao_mturO ministro do Turismo, Gastão Vieira (PMDB), teceu no fim de semana duras críticas às experiência de gestão educacional de oposicionistas no Maranhão.

Ao participar de evento do Governo do Estado em Vitorino Freire, o peemedebista lembrou a denúncia de que escolas funcionam em casas de taipa em Caxias e Matões, dois municípios administrados por membros da oposição.

Gastão destacou, ainda, que já foi secretário de Educação do estado, que o pré-candidato do PMDB a governador, secretário Luis Fernando (Infraestrutura), também já passou pelo posto, e que uma sequência de passagens exitosas de aliados pelo comando da educação no Maranhão tem produzido resultados.

“Eu já fui secretário de educação, como o Luis Fernando, e temos números para mostrar. Não números como os do pessoal da mudança de gogó, das escolas de taipa, mas números que mostram como o trabalho sério, ao longo de anos seguidos, produz resultados. E esse resultados estão aparecendo agora, com o mais recente resultado do Enem”, disse, lembrando o crescimento da nota das escolas estaduais no exame nacional.

Abaixo, o vídeo com a reportagem sobre as escolas que funcionam em casas de taipa, em Caxias e Matões.

Tutor de nigeriano preso disputou eleição pelo PCdoB em 2010

Patrick, à direita, observa Kingsley em depoimento à CDH

Patrick Emmanuel (à direita) observa Kingsley Ify em depoimento à CDH

O médico Chidozie Patrick Emmanuel Ezeanowai, responsável pela estada no Maranhão de Kinglsley Ify – o nigeriano acusado de praticar medicina ilegalmente no estado -, atribuiu na semana passada a questões políticas a denúncia que levou o seu conterrâneo à prisão.

“Um quer ser deputado federal, o outro já é estadual e eles querem mostrar algo inédito no Maranhão, que na verdade não existe. O que temos aí é um problema político e outro racial”, disse, referindo-se aos secretário Aluísio Mendes (Segurança) e Ricardo Murad (Saúde).

É o segundo argumento já utilizado por quem tenta defender o homem que admite não ter situação regular no Brasil para praticar medicina. Antes, tentaram atribuir a prisão a racismo.

“A culpa é do Estado. Assassino é quem não coloca vacina no hospital. Por isso, a criança não pode ser medicada”, esbravejou o médico em reunião na Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Assembleia Legislativa.

patrickO que o mesmo Patrick Emmanuel nunca revelou foi a sua ligação pessoal com a política. Mais especificamente com a oposição.

Em 2010, ele foi candidato a deputado federal (veja ao lado). E pelo PCdoB, mesmo partido dos oposicionistas  que agora tentam culpar o Estado porque uma criança morreu após ser atendida por alguém sem a devida habilitação para tal.

Mas, é claro, isso não quer dizer muita coisa.

Em tempo: Emmanuel obteve 4.170 votos…

Flávio Dino, erro médico e “erro médico”

dinoO presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB), nunca foi muito conhecido por sua coerência nos debates em que decide entrar. Mas no caso da prisão do nigeriano Kinglsley Ify – acusado de exercer ilegalmente a medicina no interior do Maranhão (reveja) -, ele passou de todos os limites.

O comunista fez ontem (28) ilações nas redes sociais sobre suposto racismo na atuação das secretarias de Estado de Saúde (SES) e de Segurança Pública (SSP). Foi duramente repreendido pelo secretário Ricardo Murad (veja).

Dino foca o discurso contra o Governo do Estado meramente por questões políticas. Ele sabe que Kinglsley, mesmo que seja médico na Nigéria, não tem registro para atuar no Brasil. Mesmo assim, desde o início da semana, setores da mídia ligada ao oposicionista apresentam uma inscrição do acusado na UFMT como se esta fosse a comprovação de que ele já se havia habilitado a exercer a profissão legalmente. Mas sabem que não é.

O que chama mais atenção na postura do presidente da Embratur, como já se disse acima, é a falta de coerência. Para atingir seus adversários políticos, o comunista esquece convenientemente a luta que trava há anos contra erros médicos.

estadaoFlávio Dino é o criador do Centro Brasileiro sobre Crimes para Saúde, uma ONG voltada ao combate a erros praticados por médicos no exercício da profissão (veja ao lado). A entidade nasceu depois de o comunista perder um filho num hospital em Brasília.

No caso da tragédia pessoal vivida por ele, até o Tribunal de Justiça do Distrito Federal já inocentou a médica e a técnica de enfermagem que atenderem seu filho (leia). Mesmo assim, o oposicionista segue acusando o hospital e as duas profissionais de haver cometido algum crime – até o promotor do caso, Diaulas Ribeiro, já foi representado no Conselho Nacional do Ministério Público (aqui) .

Veja bem: não se critica aqui a luta de um pai por aquilo que acha correto e justo. Não se pode medir o tamanho de tal perda e os efeitos que ela provoca.

O que se critica é a postura de um homem que tanto luta contra erros médicos – porque se acha vítima de um deles – e fecha os olhos, por motivos políticos, diante da dor de uma família que perdeu uma criança devido à negligência a protocolos básicos de atendimento em casos de Raiva Humana.

O fato de o acusado pelo crime ser um nigeriano, homem negro, é mero detalhe na história. A questão central é que há fortes indícios de que um médico brasileiro passou um plantão a um estrangeiro que não tem autorização para exercer a medicina no Brasil. E esse estrangeiro confirma que não tem mesmo a autorização, mas que recebera R$ 800 pelo serviço – embora não tenha mais coragem de admitir que assumia, sim, o plantão do “colega” local.

O resto é só política…

Nigeriano preso: Ricardo Murad condena ilações sobre racismo

muradO secretário de Estado da Saúde, Ricardo Murad (PMDB), posicionou-se de forma dura contra membros da oposição que acusam o Governo do Estado de haver agido com racismo no caso da prisão do nigeriano Kinglsley Ify, acusado de exercer ilegalmente a medicina no Maranhão e de ser o responsável pela morte de uma criança que contraiu Raiva Humana, em Mirinzal.

Segundo Murad, setores oposicionistas têm explorado o caso politicamente. “Lamento que a obsessão política o tenha levado [Flávio Dino] a tamanho devaneio. O referido nigeriano até o momento não apresentou documentos que tornem legal sua situação profissional no Brasil, como a inscrição no programa Mais Médicos ou em um conselho de medicina brasileiro”, escreveu, o sceretário em sua página no Facebook, referindo-se ao presidente da Embratur.

Kinglsley foi preso em Bacuri, após denúncia do Conselho Regional de Medicina (CRM). Segundo a entidade, ele não tinha registro para atuar no Brasil. “A pessoa que atendeu a criança no Hospital de Municipal de Mirinzal não tem registro no Conselho Regional de Medicina, estando, portanto, inabilitada para o exercício da medicina, conforme atesto do presidente do CRM, Abdon Murad”, explicou a Secretaria de Estado da Saúde em nota.

prisãoEm depoimento à Polícia Civil, no dia da prisão (veja auto de prisão em flagrante ao lado – clique para ampliar), o próprio nigeriano confirmou não ter revalidado ainda o diploma.

Em entrevista à TV Mirante, hoje (28), ele reafirmou que apenas se inscreveu para o “Revalida” em duas universidades, no Mato Grosso e em Minas Gerais.

Mesmo assim, parte da mídia ligada à oposição preferiu ignorar o fato e divulgou o documento de inscrição dele na UFMT (abaixo) como se fosse a comprovação de que o médico nigeriano já havia se habilitado a exercer a profissão legalmente.

Inscrição do nigeriano foi divulgada como comprovante de revalidação

Inscrição do nigeriano foi divulgada como comprovante de revalidação

Plantão

Ainda em entrevista à TV Mirante, Kinglsley Ify negou que estivesse de plantão em Mirinzal no dia da morte da criança. Ele disse que apenas acompanhava o médio Ubiratan Amorim num plantão – pelo qual recebia R$ 800.

Confrontado com a informação, Ubiratan garantiu: nem em Mirinzal estava no dia da morte da paciente. Disse que passou o plantão – e pagou por isso, pelo visto – ao médico nigeriano que sequer registro tem no Brasil.

Em tempo: o caso registrado em Mirinzal ocorreu com um nigeriano, homem negro, por isso alguns insistem na idiotice de racismo. Mas poderia (e ainda pode) muito bem ocorrer com muito estudante de medicina por aí. É público e notório que há muitos médicos formados pagando metade dos valores dos plantões que deveriam cobrir no interior para universitários, em troca da comodidade de ficar na capital.

Abre o olho, CRM!

Coutinho retoma agenda política em Caxias após iniciar tratamento contra câncer

humberto_coutinhoPrincipal articulador da pré-campanha de Flávio Dino (PCdoB) ao Governo do Estado, o pedetista Humberto Coutinho retornou a Caxis, ontem (22), após uma semana em São Paulo, onde iniciou o tratamento de um câncer no intestino grosso, diagnosticado no início de novembro.

Na chegada ao município, o ex-prefeito aproveitou para retomar logo as atividades políticas, reunindo lideranças locais.

No encontro, ele destacou ter recebido na capital paulista as visitas e mensagens de apoio mesmo de lideranças políticas da ala governistas – citou nominalmente o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão e a governadora Roseana Sarney, ambos do PMDB.

“Isso só mostra que nesses momentos somos todos iguais, nem oposição, nem situação, somos simples seres humanos. Agradeço a todas essas pessoas que se solidarizaram comigo em um momento crucial como este”, declarou.

Roberto Rocha transita

igor_robertoOs movimentos da chamada oposição do Maranhão neste fim de ano pré-eleitoral demonstram quem tem mais trânsito entre os “aliados”.

O chefão comunista Flávio Dino, por exemplo, apesar de ser colocado por muitos como o nome mais forte desse campo político, se mostra cada vez mais isolado.

Suas ações têm presença de poucas lideranças políticas – a comitiva de Dino é maior que o grupo de futuros aliados que se reúnem com o comunista a cada encontro do “Diálogos pelo Maranhão”.

Há tempos o comunista não demonstra prestígio junto a aliados principalmente do PDT e PPS.

Diferentemente dos caminhos traçados pelo chefão, o vice-prefeito de São Luís e pré-candidato ao Senado, Roberto Rocha (PSB), está sempre em atos políticos com lideranças de partidos que já demonstraram uma certa insatisfação com os rumos que os comunistas têm tomado.

Exemplo disso é a constante agenda conjunta entre Roberto Rocha e a deputada e presidente estadual do PPS Eliziane Gama – há muito não vista mais com Flávio Dino e que recebe constantes críticas de pessoas ligadas ao chefão comunista.

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“Oposição não tem programa de governo”, dispara Sarney Filho

De O Estado

sarney_filhoO deptuado federal Sarney Filho criticou fortemente o discurso difundido pela oposição no Maranhão de que o grupo Sarney domina o estado há 50 anos. Segundo o deputado do PV, esse é o argumento mais fácil a ser usado pelos opositores que durante quase uma década não conseguiram mostrar projeto de governo.

Para o deputado, sem projeto para o estado, os oposicionistas precisam criar um discurso para manter-se em evidência na oposição ao que o governo constrói.

O deputado falou que durante duas gestões da oposição não houve qualquer apresentação de ideias, e os índices do estado caíram. Ele fez referência à administração de José Reinaldo Tavares (PSB), cujos números sociais e econômicos foram os piores já registrados no estado.

“Não queremos aquele discurso fácil de que a oligarquia manda há 50 anos no Maranhão e por isso ele é o estado mais pobre. Mentira e mentira! Nem o Maranhão, que tem o 17º PIB do Brasil, é o estado mais pobre e nem a oligarquia existe no Maranhão, porque desses governos, há 6 anos, já estávamos com 8 anos de governo da oposição”, afirmou Sarney Filho.