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Ajuda da SES aos Socorrões era emergencial e temporária; e todo mundo sabia disso
Vá lá que não seja um unanimidade a ideia do médico Yglesio Moyses, diretor do Socorrão I, de pedir ajuda da população para que doe alimentos ao hospital sob pena de pacientes “passarem fome” (veja o debate sobre o assunto nos comentários deste post).
Mas a idéia – que até tem lá seus defensores – pode começar a se tornar ridícula a partir de uma nota oficial emitida pela direção da unidade de saúde, que tenta politizar o assunto.
No comunicado, a primeira justificativa que se dá para a falta de alimentos é (vejam só!) o fim do fornecimento dos insumos pelo Governo do Estado, que – a própria direção faz questão de frisar – era emergencial.
“Trata-se de uma situação excepcional, emergencial, voluntária e temporária, uma vez que os alimentos e materiais fornecidos em caráter emergencial pelo Governo do Estado já se esgotaram e não houve continuidade do fornecimento“, diz Yglésio na nota.
Ora, doutor! A responsabilidade pelo fornecimento de alimentos aos hospitais do Município é da Prefeitura, não do Governo do Estado. Se falta comida no Socorrão, a culpa é, primeiro, da má gestão do ex-prefeito João Castelo (PSDB); depois, da comissão de transição nomeada pelo atual prefeito – que não conseguiu municiá-lo de informações que o tornassem capaz de antecipar o caos que ele herdaria -; e, por último, do próprio prefeito, que ainda não conseguiu viabilizar formas de abastecer as unidades de saúde.
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) pouco tem que ver com isso.
Mas Yglesio tem diferenças antigas com Ricardo Murad (veja uma delas). E essas diferenças podem começar a jogar por terra uma iniciativa que ainda tem alguma chance de prosperar.
Leia a íntegra da nota.
Em relação à campanha de doação de alimentos iniciada pelo Diretor do Hospital Municipal Djalma Marques (Socorrão I) através do Facebook, esclarecemos através desta que:
I. Trata-se de uma situação excepcional, emergencial, voluntária e temporária, uma vez que os alimentos e materiais fornecidos em caráter emergencial pelo Governo do Estado já se esgotaram e não houve continuidade do fornecimento;
II. Praticamente todos os contratos de fornecimento de alimentos e insumos da SEMUS estão encerrados ou demandam auditoria por indícios de irregularidade, situação extrema que exige um prazo legal mínimo para seu equacionamento;
III. Inúmeras outras medidas legais e administrativas estão sendo tomadas pela Prefeitura visando normalizar o atendimento do serviço de saúde, tendo como maior exemplo, a decretação de estado de emergência e a viabilização de novos contratos de fornecimento. Além disso, o município está pleiteando e negociando novas parcerias com a Secretaria Estadual de Saúde e com o Ministério da Saúde para que a população de São Luís e de todos os demais municípios que utilizam os serviços do HMDM possa receber um atendimento de qualidade.
IV. Todo alimento doado ao Hospital Municipal Djlama Marques (Socorrão I) será avaliado pela Vigilância Sanitária e pela equipe de nutrição da HMDM, bem como supervisionada pela Controladoria do Município, que assegurará a legalidade de todo o processo. Ou seja, não há e não haverá nada que possa causar dano aos pacientes e usuários do hospital;
Por fim, convoca-se as entidades beneméritas e sociais a se engajarem na campanha e nesse Pacto por São Luís, em que a sociedade civil e o poder público se unem para melhorar a vida da população de nossa cidade.
Yglésio Moyses – Diretor Geral do Hospital Municipal Djalma Marques (Socorrão I)