A Polícia Civil do Distrito Federal cumpriu nesta terça-feira, 27, mandados nas cidades de Teresina (PI) e Timon (MA) contra acusados de usar nomes de senadores para aplicar golpes nas redes sociais.
Uma das senadoras que teve a imagem utilizada foi a maranhense Ana Paula Lobato (PSB). Ela denunciou o caso há uma semana.
A ação, batizada de “Alto Escalão II”, contou com o apoio das polícias do Maranhão e do Piauí, e cumpriu oito mandados de busca e apreensão
Segundo a polícia, a investigação se iniciou em junho de 2023, após os senadores Humberto Costa e Paulo Paim informarem que pessoas desconhecidas estavam se passando por eles, inclusive com a utilização de suas fotografias no WhatsApp.
Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos no bairro Novo Tempo, em Timon (MA), e no Centro de Teresina (PI). Os suspeitos serão indiciados nos crimes de associação criminosa e estelionato, cujas penas somadas podem atingir nove anos de reclusão.
O alvo em Teresina foi uma mulher residente no Centro de Teresina. Ela foi ouvida pela polícia e liberada. Em depoimento, ela confirmou que mantém uma relação de amizade com um dos membros da associação. Segundo a polícia, a participação dela foi descarta, o amigo teria utilizado o wi-fi de sua residência para aplicar o golpe.
Os demais investigados residem no bairro Novo Tempo, em Timon (MA). Segundo a polícia, eles têm algum grau de parentesco ou proximidade.
Alto Escalão I
A primeira fase da Operação Alto Escalão foi deflagrada em novembro do ano passado. Na ocasião, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão em Recife/PE e um em João Pessoa/PB, nos endereços residenciais dos investigados para a colheita de novas provas e informações visando o aprofundamento da investigação.
Após seis meses de investigação, os policiais da 5ª DP, com o auxílio operacional das polícias civis de Pernambuco e da Paraíba, além de informações de gabinetes de alguns ministros que tiveram suas imagens e nomes utilizados indevidamente, conseguiram identificar dez integrantes do grupo criminoso, todos residentes nos estados de Pernambuco e Paraíba.
Os autores são investigados pelos crimes de fraude eletrônica e associação criminosa. Para cada fraude cometida, a pena prevista é de quatro a oito anos de prisão. A pena pelo crime de associação criminosa é de um a três anos de prisão.
Os fatos passaram a ser apurados pela 5ª DP (Área Central de Brasília), após alguns dos ministros de Estado (vítimas) terem procurado a delegacia para comunicar a prática de crimes usando os seus nomes.