Tatá Milhomem, o astuto

É ingenuidade pensar que houve “jogada” dos deputados governistas no episódio desta segunda-feira (4), quando os deputados Tatá Milhomem (DEM) e Manoel Ribeiro (PTB) se desentenderam sobre o posicionamento que a base deveria adotar ao votar o convite aos secretários Luís Bulcão (Cultura) e Tadeu Palácio (Turismo) para tratar dos valores acertados com a Beija Flor.

Tatá invocou um “acordo de lideranças” para garantir que o requerimento, de autoria do deputado Marcelo Tavares (PSB), fosse aprovado. Manoel Ribeiro disse que desconhecia tal acordo.

“É um acordo de lideranças dos blocos, não do governo”, emendou o democrata.

Nada demais.

Na verdade, a lógica de Milhomem foi a mais correta. Ele foi astuto.

Como o requerimento do oposicionista trata apenas de um convite – em que o secretário comparece se quiser -, seria muito mais prejudicial à imagem do governo vetá-lo.

Se a matéria não fosse aprovada, com certeza, amanhã Marcelo Tavares, Rubens Junior (PC do B) e Cia. estariam a postos para criticar a “atitude ditatorial e antidemocrática” do governo e relembrariam, com detalhes, o caso da convocação a Olga Simão.

Com o requerimento aprovado, podem apenas levantar suspeitas sobre um suposto racha na base palaciana.

E Bulcão e Tadeu Palácio continuam desobrigados de ir à AL.

Mas que deveriam ir, ah, deveriam…

Faltou o principal, dizer quanto custa

Não consigo entender o por que de tanto mistério por parte do Governo do Estado para informar quanto custará aos cofres públicos a parceria selada com a Escola de Samba Beija-Flor de Nilópolis. Na última terça-feira (28), foi realizada uma coletiva sobre o assunto, várias informações prestadas, menos o valor oficial que será destinado a Beija-Flor. A desinformação ou a falta de transparência acaba dando margens as especulações e acusações maldosas. Sobre o patrocínio financeiro a única coisa falada na coletiva foi a negativa de que o repasse do Governo do Estado seria de R$ 8 milhões. “Se nós tivéssemos esse dinheiro, jamais perderíamos o Carnaval no Rio.”, afirmou na coletiva o diretor da Beija-Flor, Luiz Fernando Ribeiro do Carmo, o Laíla. Continue lendo aqui…

Beija Flor pode perder apoio do Governo do Estado

Ainda não é certeza que o Governo do Estado do Maranhão vá apoiar (financeiramente, inclusive) a escola de samba Beija Flor, do Rio de Janeiro.

A agremiação pretende homenagear os 400 anos de São Luís e, para isso, já conversou com a governadora Roseana Sarney (PMDB) em busca de patrocínio.

Estava praticamente tudo acertado – menos o valor, como especularam setores da oposição. Mas o acordo pode melar.

Tudo por conta de uma pesquisa qualitativa encomendada pelo núcleo duro do Executivo ainda na semana passada.

O levantamento tinha outros fins, mas acabou revelando que os ludovicenses, embora achem a idéia de divulgar a capital mundialmente no Carnaval uma “boa sacada”, entendem que a hora é de o Governo investir em outras áreas.

O resultado da pesquisa acendeu a luz amarela no Palácio dos Leões.

Por precaução, é bom a Beija Flor começar a pensar um novo enredo.