O secretário de Estado da Saúde, Ricardo Murad, reveloiu, nesta sexta-feira (2), que a Via Expressa não foi a única obra do Governo do Estado embargada pela Prefeitura de São Luís.
Durante a inauguração da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Cidade Operária, Murad entregou aos presentes cópia do embargo da Secretaria de Urbanismo e Habitação (SEMURH) à construção da unidade de saúde e afirmou que o ato do prefeito João Castelo (PSDB) atrasou a entrega em um ano.
“Esse Castelo, governadora, atrasou essa obra em um ano. Ele veio aqui e embargou a obra. Um ano de embargo, uma ano parada porque Castelo cassou o alvará da construtora, não deu, não deixou”, afirmou.
De fato, um dos documentos apresentados pelo secretário aponta que a obra iniciou-se em 12 de março de 2010, mas o alvará só foi emitido em 11 de março de 2011 (veja o documento abaixo). Exatamente 365 dias depois.
Segundo Ricardo Murad, Castelo chegou a acionar a Justiça para garantir a paralisação da obra. “O Governo é o Governo, e nós continuamos a obra, mesmo com o embargo. Mas o Castelo entrou na Justiça para não continuarmos. Isso ficou um ano, até nós entrarmos na Justiça e derrubarmos a liminar do Castelo. Então, Max Barros, tu te preparas, porque o negócio com Castelo é sério”, completou, em tom de brincadeira, lembrando a campanha do prefeito contra a Via Expressa.
Via Expressa
Em nota encaminhada à imprensa na tarde de hoje, o procurador do município de São Luís, Francisco Coelho, confirma que provovcou o Ministério Público Federal (MPF) a tomar atitudes contra a obra da Via Expressa.
De acordo com Francisco Coelho, da simples leitura do ofício 304/2011 – publicado neste blog semana passada ,- constata-se que o município de São Luís encaminhou ao MPF cópia da documentação que foi apresentada pelo governo do Estado junto ao município, tendo em vista as declarações do presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Maranhão (Crea-MA), Raimundo Portelada, de que a obra da Via Expressa teria se iniciado sem a obediência ao regramento local.
“A intencionalidade do município ao fazer isso não foi criar entraves à execução da obra, mas sim para que todos os órgãos tenham a visão maior da documentação que foi apresentada pelo Estado ao Município, até para se descaracterizar qualquer tipo de interesses outros que não seja o interesse público”, argumentou Francisco Coelho.
Então tá.