“Mais espaço do que tem aqui não é possível”, diz Castelo sobre participação do PDT na Prefeitura

João Castelo empossa Othon Bastos

O prefeito João Castelo (PSDB) praticamente rechaçou a possibilidade de continuar articulando uma ida do suplente de deputado federal Weverton Rocha (PDT) para a Câmara dos Deputados como forma de ampliar a aliança com os pedetistas.

Em entrevista ao blog, logo após a posse de Othon Bastos como novo secretário de Educação do município, o prefeito disse não haver mais espaço para o PDT na administração tucana.

“Mais espaço do que o PDT tem aqui não é possível. O PDT tem, eu acho, umas seis secretarias. O PDT mora conosco aqui, é um dos grandes parceiros”, afirmou.

Adiante, Castelo parece aperceber-se da inconveniência da declaração e tenta emendar o soneto, ressaltando que a Prefeitura está de “sempre de braços abertos para receber qualquer pessoa do PDT”.

“Mas a gente está sempre de braços abertos para receber qualquer pessoa do PDT que venha nos ajudar. De qualquer partido, de parceiro nosso, a gente sempre recebe os seus militantes com o maior prazer”, completou.

O prefeito também se mostrou confiante de que tem o apoio do PDT como partido e não apenas dos pedetistas que abrigou no Executivo Municipal. Atualmente, Clodomir Paz (Trânsito e Transportes), Graça Paz (Articulação Política), Pavão Filho (Orçamento Participativo), Julio França (Abastecimento), Sandra Torres (Mulher) e Euclides Moreira (FUNC) são os representantes dos democratas-trabalhistas na administração de São Luís.

Os opositores de Castelo no PDT dizem que ele tem o apoio apenas destes nomes e dos seus aliados, já que foram convidados pessoalmente pelo prefeito, sem relação institucional que vincule o partido a uma aliança em 2012.

“Eu tenho impressão de que as pessoas que estão aqui, do PDT, representam muito bem o partido. Todas elas têm liderança, têm excelente categoria profissional e política e têm muito peso no partido”, disparou.

Indicação política

Sobre a nomeação de Othon Castos, João Castelo exaltou a “categaoria” e a qualidade do substituto de Suely Tonial, mas não hesitou em confirmar que a indicação foi política e atende ao interesse do prefeito de manter-se aliado ao PSB.

“Claro, é o mais importante [a indicação política]. Eu precisava de um substituto com a técnica, com a melhor categoria, a melhor qualidade, para a Suely [Tonial] e o professor Othon Bastos, além de ser um excelente técnico, também foi o ideal para nós porque indicado por um partido parceiro, que é o PSB, o que consolida, ainda mais, a nossa união”, concluiu.