Até agora não tem valido de nada a decisão do desembargador José Luiz Almeida de que os delegados mantenham a greve – que já perdura desde o dia 2 de junho –, mas deixem pelo menos 50% da categoria trabalhando normalmente.
Na última quinta-feira (14) os grevistas simplesmente debocharam de agentes e policiais militares.
Ocorreu o seguinte: durante a tarde, uma quadrilha de assaltante de postos de gasolina foi presa por uma guarnição da Polícia Militar no São Raimundo.
Na Delegacia da Cidade Operária, o delegado de plantão disse que não receberia os criminosos e mandou que fossem encaminhados ao Plantão do Cohatrac.
Por lá, a mesma coisa.
Os policiais então rumaram para a Delegacia do São Raimundo, onde, depois de muita luta, conseguiram lavrar o flagrante e deixar os assaltantes detidos.
Mais tarde, um falso médico foi detido no Aldenora Belo, aplicando golpes em médicos e funcionários da casa de saúde.
Ao chegar com o acusado no Plantão Central da REFFSA, por volta das 18h, os policiais depararam-se com um absurdo: o delegado de plantão deixou o local ao meio-dia e ainda não havia retornado. O próximo turno só se iniciava às 19h.
Ficaram todos quase uma hora esperando para poder autuar o criminoso.
Negociações
Esses são exemplos de desprezo velado pelos policiais e agentes. No entanto, há uma demonstração latente do corporativismo baixo de alguns delegados grevistas.
A liderança do movimento grevista não quer mais negociar sequer com o secretário de Estado de Segurança Pública, Aluísio Mendes.
E por quê?
Mendes é AGENTE da polícia federal.
Não precisa dizer mais nada.