Onde foram parar os bafômetros?

Corolla colheu as vítimas no canteiro central da avenida; blitz evitaria

Embriagado, ou não, uma coisa é certa: o estudante Rodrigo Araújo Lima, 22, não teria atropelado Solange Maria Cruz Coelho e Ubiraci Silva Nascimento Filho, este de apenas 13 anos, se existisse uma simples barreira policial na Avenida Litorânea.

Aliás, barreiras policiais, com bafômetros, já deveriam estar acontecendo em todo o Maranhão desde o início de agosto, quando 53 equipamentos foram entregues à Polícia Militar pelo Departamento Estadual de Trânsito do Maranhão (Detran-MA). Todos verificados e certificados pelo Instituto de Metrologia e Qualidade Industrial do Maranhão (Inmec) e pelo Inmetro do Rio de Janeiro (reveja aqui).

Mas não ocorrem, e os bafômetros ficam jogados às traças em um armazém qualquer.

Há quem diga que há “dificuldades operacionais” para a realização das blitzes. Mas a verdade – e isso é o pior – é que esse tipo de operação foi suspensa devido às diversas carteiradas que “figurões” davam no auge da campanha “Lei Seca”.

No caso mais notório, a filha de um poderoso empresário e político da capital – e esposa de outro empresário de peso – foi flagrada completamente embriagada no seu possante importado.

Feito o teste do bafômetro, o marcador foi à alturas. Resultado: uma ligação para o “papai-pode-tudo” e o assunto foi dado por encerrado, gerando enorme descontentamento entre a raia miúda da polícia e a decisão de abolir das ruas de São Luís o uso do bafômetro.

Pode?