Militares “enchem” Comando Geral de atestados médicos

No dia 7 de novembro, quando os policiais militares e bombeiros decidiram entrar em greve pela primeira vez, o blog alertava sobre o que eles fariam para garantir que não fossem punidos com corte dos pontos ou até mesmo a expulsão da corporação.

Dizia o titular do blog: “A categoria realizará a já conhecida “Operação Padrão”, deixando viaturas nos batalhões e entregando atestados médicos falsos para garantir que não sejam obrigados a trabalhar. Apenas 30% do efetivo estará nas ruas”.

Nos comentários, muita gente dizendo que aquilo era invenção.

Pois bem. Na última terça-feira, preocupado com a “enxurrada” de atestados médicos encaminhados ao Comando Geral da PM, o coronel Franklin Pacheco enviou ofício ao secretário Ricardo Murad (Saúde) pedindo que lhe informasse “se existe nesta capital algum surto ou epidemia identificada” pela SES.

Normalmente, o Comando recebe seis atestados por dia. Depois que aPM resolveu abrir processo de deserção contra os grevistas, foram 150, só ontem.

Preocupado com o “excessivo número e o curto período em que foram excedidos”, sem que nenhuma epidemia esteja ocorrendo no estado, Ricardo Murad já solicitou do Conselho Regional de Medicina (CRM) a instauração de sindicância para apurar em que condições foram emitidos esses atestado.

A solicitação tem base no artigo 80 do Código de Ética Médica e no artigo 302 do Código Penal. Em suma, os dois condenam a emissão, pelos médicos, de atestados ou laudos falsos.

Veja abaixo os documentos.

2 pensou em “Militares “enchem” Comando Geral de atestados médicos

  1. Era só o que faltava!!, querer agora que os médico peça permissão para dar atestado, má rapá! criem vergonha seus salafrários, querem mandar na cozinha dos outros, vão se catar seu comadante de araque!
    Você não é comandante, vc está comandante…

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