A revelação, pelo deputado Roberto Costa (PMDB), de que o ex-gerente da agência da Caixa Econômica Federal de onde sumiram os R$ 73,5 milhões, José Soares Correia, virou depois Secretário Adjunto de Administração e Finanças da Secretaria Municipal de Educação (Semed), deve dar ainda mais fôlego à “CPI dos R$ 73 milhões”, que tem nova reunião marcada para a tarde desta terça-feira (20), na sala das comissões da Casa.
“Eu não quero ainda, de forma nenhuma, ser irresponsável, ser leviano, mas é de se estranhar que o gerente de um banco, que até agora está sob suspeita em relação à operação que foi realizada pela Prefeitura de São Luís, logo em seguida venha assumir um cargo na prefeitura”, disse Roberto Costa, na sessão de ontem (19).
Essa denúncia é um fato novo para as investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que está apurando o destino dos R$ 73,5 milhões provenientes de convênios firmados entre Prefeitura de São Luís e Governo do Estado, em 2009, para a construção do elevado da Forquilha e prolongamento da Avenida.
Segundo rastreamento feito mediante autorização judicial, os recursos dos convênios teriam passado das contas-convênio da Prefeitura de São Luís, no Banco do Brasil, para as contas da Prefeitura na agência da Caixa Econômica Federal da Avenida Kennedy, justamente agência na qual José Soares Correia era gerente-geral até então.
Depois disso, ele recebeu a nomeação em um cargo estratégico da administração municipal de São Luís.