O deputado estadual Marcelo Tavares (PSB) está desde o início da semana denunciando que o Governo do Estado pagou R$ 1,5 milhão e já está autorizado a pagar mais R$ 8 milhões pelo desfile da Escola de Samba Beija-Flor, que, este ano, homenageia São Luís no carnaval do Rio de Janeiro.

Baseia-se, para tal, principalmente no post deste blog, Beija-Flor: dinheiro começa a aparecer, no qual foi divulgado o extrato do contrato de R$ 1,5 milhão entre a Secretaria de Turismo e a própria agremiação, e numa publicação do Diário Oficial do Estado, do dia 10 de janeiro deste ano, que detalha contrato de R$ 8 milhões entre a Secretaria de Comunicação e a Fundação São Luís Convenções e Eventos.

O extrato não deixa nada expresso, mas Tavares garante que o dinheiro será usado para o pagamento de passagens, fantasias e alojamento para os brincantes de bumba-meu-boi e demais agregados que vão ao Rio acompanhar a festa.

“Até a locação de um camarote na Sapucaí será paga com esse dinheiro”, diz o socialista.

Enquanto o Governo do Estado não se posiciona oficialmente, vai ficando “o dito, pelo não-dito”. A única resposta dada até hoje veio do deputado Roberto Costa (PMDB). Ele acusa o ex-governador José Reinaldo (PSB), tio de Tavares, de ter pago R$ 4,5 milhões à Mangueira, no carnaval de sabe-se lá que ano.

O que Costa ainda não entendeu – e o Governo do Estado parece que também não – é que nem mesmo a oposição é contra o pagamento dos valores à Beija-Flor. Praticamente todo o mundo entende que o investimento tem retorno em virtude da exposição midiática que o carnaval do Rio de Janeiro proporciona.

O que se cobra, desde o início, é um pouco mais de transparência. Porque essa história de que o Maranhão não vai pagar nada pela desfile não cola mais.