Portela, Beija-Flor e Vila Isabel foram os destaques da primeira noite de desfiles do Grupo Especial no Rio de Janeiro. Entre a noite de domingo (19) e a madrugada de segunda (20), sete escolas se apresentaram na estreia da Marquês de Sapucaí após a ampliação do sambódromo.
As apresentações continuam na noite desta segunda, quando mais seis escolas vão desfilar. A apuração será na quarta-feira (22).
A primeira noite foi marcada pelo tributo da Beija-Flor a Joãosinho Trinta, pela homenagem a Clara Nunes na Portela e pelo resgate das origens do samba em Angola feito pela Vila Isabel. Por outro lado, incidentes com carros alegóricos marcaram a passagem da Mocidade e da Imperatriz.
Na Imperatriz Leopoldinense o sétimo carro quebrou e foi parcialmente reparado. O diretor de carnaval Wagner Araújo, desabafou: “é claro que, com certeza, algum jurado vai punir”. Já a Mocidade Independente de Padre Miguel teve trabalho para conduzir o abre-alas, que se desviou da rota e bateu na grade que separa pista e público. Ao fim do desfile a alegoria voltou a atrapalhar a agremiação: ficou presa na dispersão e, por alguns minutos, impediu as demais alas de saírem da Avenida.
Ainda nesta primeira noite de festa na elite do samba carioca desfilaram Renascer, com tributo ao artista plástico Romero Britto, e Porto da Pedra, que teve enredo inusitado sobre o iogurte.
Beija-Flor
Com enredo que contava a história de São Luís do Maranhão, a agremiação de Nilópolis mostrou desde a comissão de frente que pretendia fazer um grande carnaval, com fantasias elaboradas e criatividade. Campeã do carnaval do Rio em 2011, a escola de Nilópolis desfilou um tributo a Joãosinho Trinta, carnavalesco que integrou a escola por mais de 15 anos e morreu em dezembro do ano passado.
A homenagem principal veio no carro “A histórica São Luís e a arte do gênio João”, último a passar pela Passarela do Samba. Para a homenagem, a agremiação fez menção a uma das mais marcantes criações do carnavalesco: o polêmico “Cristo Mendigo”, do enredo do carnaval de 1989 “Ratos e urubus, larguem minha fantasia” e que, na ocasião, entrou na Avenida coberto por um plástico preto. Desta vez, debaixo da cobertura preta se escondia uma gigantesca estátua de Joãosinho, revelada durante a passagem da Beija-Flor na primeira noite do carnaval carioca.
O carro fazia ainda mais uma referência ao carnavalesco: trazia um trono vazio, marcando a ausência de Joãozinho no desfile desta noite. O desfile terminou marcado pela emoção de todos os componentes da escola, que chegaram à dispersão entoando gritos de “já ganhou”.
(Com informações do Globo.com)