O discurso de Cutrim e a atualização da IstoÉ

O inflamado discurso do deputado estadual Raimundo Cutrim (PSD), ontem (26) – quando chamou o secretário Aluísio Mendes (Segurança Pública) de “moleque travestido de secretário” (reveja aqui e aqui) – desencadeou uma atitude curiosa da revista IstoÉ.

Uma matéria postada no site da publicação dia 8 de dezembro de 2000 foi atualizada hoje (27), um dia após o “pronunciamento-ataque” do ex-secretário de Segurança do Estado.

Curiosamente, a reportagem trata do chamado “Caso Hassan” (veja); também curiosamente, o deputado Raimundo Cutrim citou o “Caso Hassan” em seu discurso. Veja abaixo:

“Ainda vem uns palhaços dizer: ‘vamos refazer o de Bertin’. Manda fazer essa porra lá que está do jeito que está. Que Cutrim faz, manda fazer e fica fiscalizando. Manda ver o de Hassan, manda ver o do Luizinho lá de São Bento […]”, disse.

O “Caso Hassan” refere-se ao assassinato de Ezir Souza Leite Júnior, então com 22 anos, em 1995. Casado e pai de dois filhos, ele foi sequestrado no dia 13 de janeiro daquele ano, supostamente por jagunços do armazém Nádia, de propriedade de Hassan Yussuf e maior concorrente da família da vítima nos negócios em Imperatriz.

Quatro dias depois, Ezir Júnior foi enforcado e enterrado numa cova rasa nos fundos de uma chácara. Hassan Yusuf – dono do Nádia e de um império em fazendas e armazéns atacadistas – e seu irmão Jamal foram apontados como mandantes do crime.

A revista IstoÉ diz que Cutrim trabalhou para evitar que as investigações chegassem aos dois irmãos (veja a matéria completa aqui).

Mas, se está tão seguro ao afirmar que topa a reabertura do caso, o deputado não deve ter mesmo nada a temer.

3 pensou em “O discurso de Cutrim e a atualização da IstoÉ

  1. Cara vc fala de Cutrim e depois vem com essa: “Mas, se está tão seguro ao afirmar que topa a reabertura do caso, o deputado não deve ter mesmo nada a temer.”

    Isso é medo é?

  2. A coisa parece ser bem mais complexa do que se imaginava, quando lemos a reportagem da revista Isto É. Conduzir uma investigação dessa natureza no meu entendimento está além da possibilidades da Secretaria de Segurança por razões obvias, já que a mesma está atrelada ao governo do estado. Vai ficando cada vez mais evidente que o que está se fazendo é uma investigação controlada, para tentar-se evitar danos indesejados a pessoas influentes no Maranhão Duvido muito que reabram um caso desses, seria um hecatombe. A única possibilidade seria alguém que conhece todas essas histórias ( Raimundo Cutrim?) à fundo fosse colocado como bode expiatório, e então, resolvesse jogar toda lama no ventilador.

  3. Isto ainda vai feder demais, pra nós expectadores, isto é bom que venha a tona, para fazer uma assepsia nesta podridão toda, que é o nosso Estado. Os crimes de pistolagem, que envolve gente graúda, tipo esses irmãos Hassam, protegido de Lobão o Seandor, no maranhão está cheio. Todos esses crimes está na mão de Roseana, para servir de chantagem quando eles se rebelam por qualquer motivo que venha prejudicar os esquema ou jogo de interesses dos grupo ou das oligarquia. Porisso que as oposição no maranhão vive em frangalho, porque, porque não tem quem financia. Toda a marginalidade endinheirada apoia o governo, pq tem quem segura as ponta na hora do pega pra capar. Quero um exemplo o Caso Bertin, Nenzim de Barra do Corda, esse Hassan, quer mais… mais tarde, já escrevir demais por hoje.

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