A “Ocrim” dos assassinos de Décio Sá

Um dado curioso chamou a atenção tanto dos investigadores do assassinato do jornalista Décio Sá, quanto de membros do Judiciário e do Ministério Público que já tiveram acesso às informações mais sigilosas do inquérito.

Nas interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça, em vários momentos os integrantes da quadrilha comandada pelo agiota Gláucio Alencar referiam-se a si mesmos como criminosos.

Para tanto, marcavam reuniões de uma certa “Ocrim”. Além de dar nome ao bando de agiotas, o termo  técnico é normalmente utilizado pela polícia para abreviar a denominação “Organização Criminosa” e economizar espaço nos textos de inquéritos.

Em qualquer documento da PF, por exemplo, quando se vê o termo “Ocrim”, sabe-se que se está diante de um documento que trata de apuração de formação de quadrilha – justamente um dos crimes imputados pelo promotor Luís Carlos Duarte contra os 12 denunciados à juíza titular da 1ª Vara do Tribunal de Júri, Ariane Mendes Castro Pinheiro.

Curioso, não? Seria disso que falavam os integrantes da “Ocrim” nas ligações telefônicas?