O Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão emitiu nota oficial, na manhã desta terça-feira (25), rebatendo a acusação da produção do SLZ Fashion de que a vistoria no Shopping da Ilha – onde os desfiles estão marcados para acontecer a partir de hoje – foi feita na véspera do evento, apesar de notificação “com bastante antecedência”.

“Apesar de ter sido notificado com bastante antecedência, somente hoje, 24, segunda-feira, um dia antes de o evento ser realizado, o Corpo de Bombeiros fez a devida vistoria, interditando o piso L4 do Shopping da Ilha, prejudicando a realização do evento”, diz comunicado do SLZ Fashion emitido ontem (reveja).

Na nota de hoje, no entanto, os Bombeiros garantem que foi a própria produção quem sugeriu que a vistoria acontecesse um dia antes do início da semana de moda.

“A coordenação do SLZ Fashion apresentou um pedido de vistoria junto com o projeto do evento, porém, também solicitou que a vistoria fosse feita apenas na véspera da abertura dos desfiles, alegando ser esse o tempo necessário para que o local estivesse de acordo com o projetado”, esclarece.

Leia abaixo a íntegra da nota do Corpo de Bombeiros.

NOTA DE ESCLARECIMENTO – SÃO LUIS FASHION 

O Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA), sobre a interdição feita na área escolhida para a realização do São Luís Fashion (SLZ Fashion), informa que a medida visou à preservação de vidas, por meio da prevenção de qualquer tipo de acidente no referido local.

Esclarece, ainda, que a coordenação do SLZ Fashion apresentou um pedido de vistoria junto com o projeto do evento, porém, também solicitou que a vistoria fosse feita apenas na véspera da abertura dos desfiles, alegando ser esse o tempo necessário para que o local estivesse de acordo com o projetado.

Por esse motivo, somente nesta segunda-feira (24), o CBMMA realizou a vistoria e pode constatar que o São Luís Fashion seria realizado no L4, o quarto piso do Shopping da Ilha, ainda em construção.

Na inspeção ao local, o Corpo de Bombeiros constatou que o sistema de prevenção e combate a incêndio não está pronto e que, na obra ainda inacabada, o piso apresenta muitas ondulações. A mais grave constatação é a de que o espaço está mais suscetível a incêndios, já que a maior parte da estrutura utilizada é feita de papelão. Além disso, as saídas de incêndio não estão sinalizadas e há mangueiras ainda no chão. Com as deficiências identificadas, é grande o risco para quem comparecesse ao local.

Por fim, o Corpo de Bombeiros, que possui um relatório fotográfico da situação da obra, reitera que não tem interesse em prejudicar o evento, mas apenas proteger vidas e evitar acidentes.