No dia 11 de novembro, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), publicou em sua coluna dominical no jornal O EstadoMaranhão, em que questionava – sem citar nomes claro – o caráter de novidade do presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB), e, por tabela, do seu pupilo, o prefeito eleito de Sã Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PTC).
É claro que o peemedebista não foi tão direto a ponto de dizer quem era seu alvo. Mas o fato de o artigo ter sido escrito após a eleição do petecista deixou bem claro o destinatário da mensagem.
“Nas campanhas políticas então, a fórmula que acreditam ser a melhor para enganar o povo é prometer novidade. Vamos mudar tudo, somos o novo. Santo Agostinho dizia que o ‘apetite de coisas novas leva o homem a grandes angústias'”, disse Sarney.
Neste fim de semana, em artigo publicado no Jornal Pequeno, também sem citar nomes, Dino rebateu. “Há quase 50 anos um novato surgia prometendo novidades no lugar do velho coronelismo. Em tantas décadas de poder, teve todas as oportunidades para cumprir seus compromissos históricos e não o fez, sabe Deus por quais motivos”, escreveu.
Leia aqui o artigo de José Sarney e, abaixo, o texto de Flávio Dino.
Na última quinta-feira, comemoramos 123 anos da Proclamação da República em nosso país. Depois de um longo acúmulo de forças insurgentes, derivado de séculos de lutas tais como a campanha abolicionista, a Conjuração dos Alfaiates, a Revolução Pernambucana e a Balaiada, em 15 de novembro de 1889 houve o golpe final contra a Monarquia.
Contudo, ainda que a queda da Monarquia tenha representado um avanço institucional, a República nasceu sob o domínio de oligarquias regionais, pouco ou nada comprometidas com práticas autenticamente republicanas. Assim foi no nosso estado, como narra Barbosa de Godóis em sua História do Maranhão. Desde então se trava uma luta permanente pela edificação de uma máquina pública democrática – que ouça e atenda às demandas da maioria da população – e republicana – que trate a todos os integrantes da sociedade como iguais.
Aqui no Maranhão, a vitória de um projeto democrático e republicano ainda é algo novo. Com efeito, assistimos em nosso estado a exemplos escandalosos dos mais antigos vícios que restam no Brasil. Um deles é o patrimonialismo, com o direcionamento ilegal, para famílias e grupos privados, dos recursos e ações do Estado. Também grassa tristemente em nossa terra o coronelismo, com o controle absoluto da máquina pública por um grupo político, alojando protegidos em todas as estruturas estatais, que tudo fazem para se perpetuar no poder, inclusive lançando mão de chantagens, perseguições e violência.
Tudo isso é ainda mais lamentável porque há quase 50 anos um novato surgia prometendo novidades no lugar do velho coronelismo. Em tantas décadas de poder, teve todas as oportunidades para cumprir seus compromissos históricos e não o fez, sabe Deus por quais motivos. Nada revela mais essa frustração do que a realidade que indigna aos que realmente amam o Maranhão: povo sofrendo em um sistema de saúde que não funciona, juventude sem educação de qualidade, milhares de pessoas indo embora das suas cidades em busca de trabalho, o consumo de drogas crescendo e dizimando esperanças.
São as dores de mães e pais que estão traduzidas em números quando se anuncia que o nosso estado permanece tristemente nas últimas colocações dos indicadores sociais do Brasil, apesar de sermos uma das mais ricas e belas terras de nosso país. Para essa contradição (povo pobre em um estado rico), é necessário encontrar uma solução.
Por isso, com coragem e independência, tenho percorrido todo o Maranhão, convidando as pessoas de todas as idades, gêneros, raças e credos para que construamos um novo projeto de desenvolvimento. Contra esse projeto, diariamente falam as vozes do passado, tentando desqualificar o que lhes assusta e ameaça suas heranças. Não há novidade nisso.
Para a afirmação desse projeto, não temos preconceitos de nenhum tipo: cabem experientes e novatos. Os primeiros contribuem com o saber da experiência vivida. Os novatos oferecem, de sua parte, o salutar desejo de construir novidades. Afinal, por que discriminar os novatos, se a falta de experiência é resolvida pelo decurso do tempo? Aliás, é melhor não ter certas experiências, como o de frequentar jantares em palácios com governantes ilegítimos e notórios agentes do imperialismo, em plena ditadura militar.
Há 200 anos, o filósofo alemão Friedrich Hegel refletia sobre o novo como inerente à vida. Dos confrontos entre uma tese e sua antítese – ou seja, entre duas realidades dissonantes – sempre virá uma síntese: o novo que surge como solução às contradições anteriores. ‘Nada é, tudo vem a ser’ é uma das mais conhecidas frases com que Hegel buscou exprimir a ideia de que a vinda do novo faz parte da história, mesmo que uns não queiram. Assim, vamos adiante, reunindo novatos e não-novatos em uma grande aliança em defesa do Maranhão.
Gilberto, já comentei com John Cutrim e faço a qui também: Se tudo acontecer como Flávio imagina e quer que aconteça, em 2034, esse texto de autoria dele ainda será verdadeiro e atual. Terão mudado os nomes dos personagens, terá havido a eterna dança das cadeiras, os tempos serão outros, mas tudo ainda será como antes, como agora. Infelizmente.
Precisamos de algo maior e melhor que o novo, precisamos de algo diferente…
O novo de hoje é exatamente igual ao novo de ontem, só que hoje não é ontem.
Seria bom que tivéssemos um novo novo de oito em oito anos, pois no começo ou antes dele o novo é realmente novo, mas logo fica velho e teremos de volta “exemplos escandalosos dos mais antigos vícios que restam no Brasil. Um deles é o patrimonialismo, com o direcionamento ilegal, para famílias e grupos privados, dos recursos e ações do Estado. Também grassa tristemente em nossa terra o coronelismo, com o controle absoluto da máquina pública por um grupo político, alojando protegidos em todas as estruturas estatais, que tudo fazem para se perpetuar no poder, inclusive lançando mão de chantagens, perseguições e violência”, mudando apenas nomes e posições…
Quem viver verá! Infelizmente.
APLAUSOS DE PÉ! Até ia escrever algo, mas o Joaquim ja disse tudo e mais alguma coisa. Nem precisamos esperar que suja um novo, e sim, somente esperar esse novo ficar velho e ver o que acontece…
A Natureza não é nova, mas sempre se renova e com harmonia com o passado.Não chora, não acusa e vai fazer na hora de o que deve fazer, com sabedoria. O Doutor Flávio é muito inteligente e é a nossa esperança de futuro melhor para o Maranhão e quiçá do BRASIL. Velho tem de ser renovado. Velho não é eterno! Nem DEUS fez tudo, (devemos refletix sobre isto) A Natureza vai completando, Sarney FEZ! Quem o substituir, FAÇA, ou complete o que ele não Fez. TURISMO é desenvolvimento, Não deve ser confundido com campanha política. Devemos ver no passado o que aconteceu com Zé Reinaldo e com Jackson.
Aqui no Maranhão me parece que ainda vivemos um regime monárquico onde os vassalos trabalham como escravos para manter a corte (ou a casta) dos que não batem um prego numa barra de sabão mas vivem rodando em carruagens (carrões) e participando de banquetes (ou orgias) e onde magistrados jogam os miseráveis nas masmorras antes de sentar à mesa dos poderosos e se lambusar com eles.
A mim parece que vc não prestou muita atenção às aulas de história Nas quais o professor falou sobre suserania e vassalagem
Realeza, senhores feudais, vassalos…
Oligarquia, excesso de pessoas remuneradas pelos poderes municipais e estadual sem concurso, dependência financeira ,servilismo e obediência cega…
Ai, ai!
De qualquer forma, agradeço!
ainda assim, a mim parece que vc confunde os conceitos… mas td bem.. para a grande maioria vc se fez entender… abs
Monarquia – vassalo – escravo – corte??? Oh lôco, meu!!!
Leda, os dois textos batantes ricos na sua estrutura gramatical e fundamentados em biografias dos estudiosos do assunto em que se refere a presença do novo, o grande diferencial no meu ponto de vista é que o 1º entrou novo, e ao longo dos tempos se perpetuou no poder e fez muito pouco pelo nosso estado, formou-se uma casta social. Sempre digo que a perpetuação no poder gera corrupção e politicos viciados, sempre tivemos governates saindo dessa casta, o que vem tornando o nosso estado mais pobre da federação, nesta condição acredito que o novo que se tornou velho jã deu sua contribuição, é hora de oportunizar o novo, novo, e acabar com aqueles que pleteiam ser susseranos e aqueles que pleteiam ser vassalos dentro da casta, é so vc ver como as cadeiras giram em circulos e os postulantes são os mesmos. Acredito que o problema vai amenizar com a alternanciado poder
Tem um grupo que governa o Mranhão há muito tempo e é chamado Oligarquia. É por imposição, à força ou eleição? Para deixar o governo é necessario substituto e isso não é através do voto? Se for por renúcia é covardia. E o que faz quem deseja renovação? Que apresentem candidato competente. Dizer que o grupo nada fez é sofisma, é má fé coisa sínica. O Estado tem muita pobreza devido a pouca cultura. Magistrado ganha bem. Magistério deve ter ganho dígno. Pouca cultura, pouca arrecadação e sem dinheiro nada se faz.
Caro jornalista,
a discussão é antiga e o discurso eterno. Sarney se auto-proclama o enviado divino que libertou o Maranhão dos grilhões do passado e colocou o seu povo no caminho do progresso. Chegou ao cúmulo de dizer que seu túmulo seria ponto de peregrinação. Adora usar da retórica para escrever um Maranhão que não existe, e joga na bacia das laranjas podres todos aqueles que ousam tocar na ferida e dizer, em alto e bom tom, que é chegado o fim do tempo do patriarcalismo, da usurpação do patrimônio público e do câncer que assola nosso povo e está instalado na Praça Pedro II.
Além de achar que tem santos poderes, ele só pode achar que tem poderes paranormais e que vê o futuro.
Já o Sr. Joaquim Haickel escreve seu comentário reclamando que o novo logo fica velho e que os vícios perdurarão. Mas aí pergunto: JÁ QUE O SR. SABE DOS VÍCIOS DO VELHO, PORQUE ENTÃO COMPACTUA COM ELES??? A sua sobrevivência está ligada a aceitar o errado como se fosse certo???
O povo está cansado desse discurso fajuto de que o Maranhão está desenvolvendo-se. E o grupo político que detém o poder há 50 anos sabe disso. Mas o medo de perder a chave do cofre é tamanho que para se manter no poder são capazes de tudo.
E que se dane o povo do Maranhão…
De verdade, só nos livraremos dos grilhões do passado no dia que um certo bigodudo assumir, definitivamente, seu lugar junto a Hades.
a mudança tem q vim do povo, o povo nunca quis mudança pq sempre votou em sarney e o elegeu, a mudanca tem q vim do interesse do povo pela politica e entender q a influencia da politica tá em quase tudo q a gente faz ou vive… nao eh só os politicos q sao corruptos uma grande da populacao tambem eh… cada cidadao tem q fazer sua reflecao e buscar o q eh melhor… o negocio nao eh so botar alguem novo no poder eh pesquisar sobre esse novo e cobra depois.
Não podemos, jamais, perder a esperança!!! Sem benefícios pessoais, sem participação/filiação política… apenas com com a crença num futuro melhor para esse estado tão pobre, de gente tão sofrida, EU ACREDITO NA MUDANÇA – PARA MELHOR – COM FLÁVIO DINO, EM 2014! É absurdo o argumento de que, daqui a alguns anos, “o novo ficará velho”. Se assim for, mudamos mais uma vez. Isso é democracia.
FELIPE ARRAIS, VOCÊ É PARENTE DO MIGUEL ARRAIS UM GRANDE POLÍTICO? Manda a boa plítica não fazer antecipação. Deixe O DINO, fazer isso, já que não sebe o que é TURRISMO.
Não entendi???
O menor dos benefícios que teremos é a alternância no poder. Basta ver o que acontece no vizinho Piauí . Eles não tem as terras e águas que temos, no entanto , nos enviam mensalmente toneladas e toneladas de alimentos, o contrário não acontece, pq nosso governo tem nas mãos uma economia eminentemente primária, mas não a utiliza com seriedade e compromisso.
Quando da assinatura da atual Constituição, parece-me que foi Ulysses Guimarães que disse Temos uma Constituição cidadã e é proibiddo proibir. DEMOCRACIA! Todos temos direitos e podemos dizer asneiras, mas dá raiva ver o que muitos escrevem. Lembra da tradicional frase MANDA O BURRO PRO ANIL? Manda não Gilberto. São tantos que o Anil não comporta TANTOS.
Chupa Sarney
Sarney é um dos Homens mais cultos desse pais. Sou sua fã e espero que sua familia fique no poder por muitos anos. Esse flavio Dino é amigo de um dos maiores corruptos do Brasil esse tal de Cleomar tema.
Tu é um BABÃO, seu come resto da família Sarney…
grato pelo elogio