Se ainda havia dúvidas de que, apesar do bom desempenho do vereador Fábio Câmara (PMDB), a base de apoio ao prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) na Câmara de São Luís, está consolidada, elas se dissiparam hoje (20).
Com nada menos do que 23 votos – dos 31 possíveis – o Legislativo Municipal manteve nesta terça-feira o veto da Casa ao projeto de lei de autoria do Executivo que criva a Secretaria Municipal de Cultura.
O projeto havia sido aprovado no final da legislatura passada, mas foi vetado por Edivaldo, sob a alegação de que o momento financeiro da Prefeitura não é bom.
Sendo assim, a pasta comandada pelo petista Chico Gonçalves segue apenas como Fundação. A expectativa é de que a Secretaria seja criada em 2014.
Votaram pela derrubada do veto: Fábio Câmara (PMDB), Ivaldo Rodrigues (PDT), Marlon Garcia (PTdoB), Dr. Gutemberg (PSDB), José Joaquim (PSDB) e Luciana Mendes (PTdoB) – votaram pela derrubada do veto.
Votaram pela manutenção do veto: Isaías Pereirinha (PSL), Josué Pinheiro (PSDC), Beto Castro (PRTB), Astro de Ogum (PMN), Sérgio Frota (PSDB), Professor Lisboa (PCdoB), Rose Sales (PCdoB), Roberto Rocha Jr (PSB), Bispo Paulo Luiz (PRB), Bárbara Soeiro (PMN), Manoel Rego (PTdoB), Barbosa Lages (PDT), Francisco Chaguinhas (PRP), Nato (PRP), Armando Costa (PSDC), Pedro Lucas Fernandes (PTB), Helena Duailibe (PMDB), Francisco Carvalho (PSL), Pavão Filho (PDT), Honorato Fernandes (PT), Sebastião Albuquerque (DEM) e Marquinhos (PRB).
Ah se fosse Roseana que vetasse a Secretaria de Cultura do Estado. O mundo viria abaixo mas como é a raça de Flavio Dino então pode, não tem nenhum problema. Pode até acabar com a cultura toda do Estado, não só com a Secretaria.
O mais engraçado de tudo isso é que parece que ninguém, até o momento, questionou o fato de que se vende a cidade de São Luís como patrimônio CULTURAL da humanidade e a atual administração, em um erro crasso, não ter previsto em sua estrutura uma secretaria que cuidasse das políticas públicas municipais ligadas à cultura.
Ao desconsiderar a criação de tão importante secretaria, a atual administração municipal desprezou, a meu ver, o potencial de renda que poderia ser gerada pela economia da cultura.
A promoção da cultura não se resume ao “financiamento” de manifestações folclóricas (talvez por ter essa visão estreita, não tenha sido criada a secretaria), cuida, também, da preservação e promoção do patrimônio histórico e artístico, do fomento ao teatro e ao cinema, do incentivo a leitura e ao hábito de frequentar bibliotecas…
É lamentável que se tente justificar o injustificável.