A Prefeitura de São Luís recebeu, em 2012 e 2013, mais de R$ 326 mil procedimentos supostamente realizados em dois centros de tratamento de queimados nos hospitais municipais Djalma Marques, o Socorrão I, e Clementino Moura, o Socorrão II.
A informação é do DataSUS, base de dados do Ministério da Saúde e desmente de forma cabal uma nota oficial emitida pela assessoria de comunicação do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC), segundo a qual “não há repasse dos recursos pelo Ministério da Saúde”.
Os dados do DataSUS revelam que as duas unidades – e não apenas o Socorrão II, como se imaginava – estão incluídas no Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde (CNES) do Sistema Único de Saúde (SUS) e que o municípios tem abastecido o sistema do Ministério da Saúde com informações sobre procedimentos em “grandes queimados”, “médio queimados” e “pequenos queimados”.
Em 2012, último ano da administração do ex-prefeito João Castelo (PSDB), juntas, as unidades de saúde de urgência e emergência do Município receberam mais de R$ 218 mil, sendo R$ 174 mil para o Socorrão I e cerca de R$ 44 mil para o Socorrão II.
Ano passado, até o mês de outubro, já na gestão de Edivaldo Júnior, foram mais R$ 108 mil – R$ 78 mil para o Socorrão I e R$ 29 mil para o Socorrão II. Ainda de acordo com o DataSUS, foram mais de 190 “atendimentos” nos dois últimos anos: 107 no Socorrão I e 86 no Socorrão II.
A revelação de que a Prefeitura de São Luís recebia por uma unidade de queimados inavita no Socorrão II foi feita pelo secretário de Estado da Saúde, Ricardo Murad (PMDB). Ele tomou conhecimento do caso em meio à crise de segurança na capital.
Quatro vítimas de queimaduras durante os ataques do crime organizado a ônibus na capital – os veículos foram incendiados na noite de sexta-feira (3) – precisaram ser transferidas do Socorrão II para unidades do Estado porque o hospital municipal não possui a estrutura que deveria para atender ocorrência dessa natureza. Duas das vítimas já foram transferidas para fora do estado, uma para Goiânia e outra para Brasília.
O líder da oposição na Câmara, vereador Fábio Câmara (PMDB), assegurou que vai cobrar do prefeito Edivaldo Júnior e do secretário municipal de Saúde, César Félix, o não funcionamento do centro de tratamento.
“Estamos falando de um problema mais amplo. Não somente do caso das quatro vítimas covardemente queimadas, mas da disponibilidade de serviços para qualquer cidadão que precise de tratamento em caso de queimaduras. Precisamos saber por que não funciona. Se for preciso, vamos fazer essa cobrança judicialmente”, afirmou.
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Perguntem ao vereador dr Gutemberg e ao “dr” Santiago Servin (UDI) sobre o destino destes recursos, eles eram os gestores da SEMUS e tem a obrigação de se explicarem, afinal no ano de 2012 faltava praticamente tudo aos coitados dos socorrões…
Não vejo nenhuma novidade nisso, o que se esperava de MUDANÇA vem sendo mostrado desde o 1 dia que assumiu a prefeitura NAAAAAAAAAAAAAAADA,NADA de Asfalto NADA de Saúde, NADA de Educação e NADA de NADA
E AGORA? Governo do Estado recebeu R$ 20 milhões para construção de presídio e, por incompetência, o dinheiro teve que ser devolvido!
o governo já emitiu nota sobre o assunto. e não mentiu nela, pelo menos, como fez a prefeitura
Então quer dizer que a culpa da morte da garota é por conta da prefeitura que não disponibilizou um centro de tratamento de queimados?? Sendo verdade a notícia não se tira o dever da prefeitura em trabalhar em cima disso, mas o erro maior nao está descartado que é da governadora, pois na opinião da população tudo aconteceu p os atentados é a ineficiência do governo do estado. sem dúvidas, com ou sem centro de queimados a vida desta gaarota e de muitas pessoas estão vunelráveis por conta da falta de segurança no estado.
quem por acaso sequer insinuou isso?
Foram atrás de saber de centro de queimados pq ??? pq não foi feito vistoria no ano passado, só agora?? claro por conta q a menina morreu. é um erro querendo se sair por cima do outro. tolo é que não percebe.
tu acha que com 29 mil da p fazer alguma sala de queimado no soccorrao II????
29 mil? isso é valor por “atendimento”. para construir receberam foi R$ 8 milhões… convênio com MS na gestão de castelo.
Alguém sabe informar se o Estado do Maranhão tem alguma unidade de queimados? ou apenas as prefeituras são responsáveis?
Acho que o fator principal do problema das vítimas de queimaduras nos ônibus incendiados foi a violência causada pela insegurança. Antes de mais nada, o episódio lastimável poderia ter sido evitado se a Segurança Pública agisse com celeridade, o que não foi feito. Aquela desculpa de Aluísio Mendes de que a polícia evitou outros ataques no mesmo dia, não cola. Sobre essa informação do centro de tratamento de queimados, se os recursos foram repassados, a responsabilidade tem que ser cobrada da gestão de Castelo que recebeu mais de 200 mil dos 326, e da gestão de Edivaldo que recebeu 108 mil, quantia que acho que não dá para implantar duas unidades nos hospitais de emergẽncia de São Luís, porém tem que ser apurado. Outra questão, se os hospitais estaduais também tivessem essa especialidade, os pacientes não precisariam ser transferidos para outras regiões. Isso tudo prova que a saúde no Ma é tratada de forma paliativa, focada pessimamente em atender urgências e longe de suprir minimamente casos especializados. A propósito, quando a governadora vai nos devolver o hospital Pam Diamante, que desde 2009 está fechado para reforma? Esse hospital ajudaria bastante a diminuir o gargalo na espera por cirurgias.
sem dúvida o problema é a insegurança… mas p causa disso a prefeitura pode mentir ao MS, dizer que tem centro de queimados e anda receber recursos por isso? não acho…
Ouvi falar que essa verba quem meteu a mão foi Castelo! Acho que a quantia que foi disponibilizada não dava nem pra começar a alvenaria pq a ala de queimados não existe, fato. Até porque nos tempos de “inflação” que enfrenta-se a alimentação de governantes custa mais de 1 milhao por ano, abaixo a inflação!
esse valor não era pra construir nada. vc não entendeu. esse valor é por supostos “atendimentos”. o valor da “construção”foi R$ 8 milhões. R$ 6 milhões dos quais efetivamente repassados pelo MS à gestão João Castelo.