Capital gaúcha abriga o pior presídio do país, com mais do que o dobro de sua capacidade e dominado por chefes do tráfico de drogas no Estado
De Veja
Os Estados do Maranhão e do Rio Grande do Sul estão distantes na longitude e nos índices de desenvolvimento econômico e social de seus moradores. Porto Alegre está mais de duzentas posições à frente de São Luís no ranking do Índice de Desenvolvimento Econômico (IDH) e, apesar de ser a 28º cidade com os melhores indicadores do país, a capital gaúcha se iguala à 249ª colocada no horror do sistema carcerário. Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados apontou o Presídio Central de Porto Alegre como a pior penitenciária do Brasil em 2008. Com 4.500 detentos, o presídio funciona há anos com contingente bem acima de sua capacidade de 2.069 vagas. Em novembro de 2010, atingiu o recorde, com mais de 5.600 detentos. A superlotação, aliada à falta de infraestrutura e ao total descaso do governo Tarso Genro (PT), segue a a mesma receita que provocou o colapso hoje visto no Maranhão.
Assim como no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís (MA), o Presídio Central de Porto Alegre é dominado por facções criminosas. São os líderes que determinam quem deve receber atendimento médico, visitas de advogados e também as penas aplicadas ao preso endividado com drogas. Recentemente, por uma dívida de 15 reais de crack, um detento foi “condenado” a ingerir à força um coquetel de drogas com água e crack moído, entre outras substâncias. Ele sobreviveu para contar a história, mas em casos parecidos, o “condenado” morre asfixiado com um saco plástico amarrado à cabeça. São recorrentes os relatos de extorsão de familiares, obrigados a fazer depósitos em contas de laranjas em troca da vida do detento. Junto com as drogas, armas e aparelhos celulares entram e saem com frequência na cadeia gaúcha.
O presídio gaúcho não dispõe de área destinada às visitas. O resultado é que os cerca de 240.000 visitantes que entram no local por ano têm livre acesso às 28 galerias e às celas. Desse total, 20.000 são crianças que acabam expostas a homens armados, consumo de drogas e visitas íntimas.
Construído em 1959 para abrigar 300 presos, o Presídio Central de Porto Alegre teve sua estrutura condenada pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Sul (Crea-RS) após uma inspeção, em abril de 2012. Na ocasião, os engenheiros constataram que o esgoto escorre pelo pátio. As denúncias assinadas também pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e pelo Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers) foram encaminhadas para a Organização dos Estados Americanos (OEA). A entidade voltou a notificar o governo brasileiro nesta semana para adotar medidas que garantam a integridade dos presos em Porto Alegre.
O governo Tarso Genro atribui a superlotação do presídio ao fechamento de pelo menos oito unidades prisionais na Grande Porto Alegre nos últimos anos. Até o fim de 2014, o superintendente dos Serviços Penitenciários do Rio Grande do Sul, Gelson Treiesleben, afirma que serão criadas 4.700 novas vagas. “Nosso objetivo é esvaziar o Presídio Central de Porto Alegre pois sabemos que vai sucumbir ”, diz.
A Superintendência dos Serviços Penitenciários do Rio Grande do Sul diz que até o fim do ano o Presídio Central abrigará apenas os presos provisórios, que correspondem a mais da metade de sua população carcerária de 4.500 pessoas. Segundo o Tribunal de Justiça gaúcho, 2.746 detentos que estão no local aguardam julgamento. A população carcerária total do Estado hoje é de 29.243 detentos.
O Presídio Central não pode receber presos condenados, mas apenas aqueles que aguardam sentença da Justiça. A proibição é resultado de uma interdição determinada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul em 1995, após uma rebelião que durou vários dias. Um dos presos fugiu e invadiu um hotel no centro de Porto Alegre impondo clima de terror na cidade. Depois desse episódio, o governo gaúcho entregou a administração do presídio à Brigada Militar. Atualmente, 400 policiais militares atuam a segurança da cadeia.
Meu caro Gilberto, nunca se quer foi ventilado, eu disse ventilado, seja na imprensa local,nacional,ou até msmo nos blogs, que a situação de Pedrinhas seria exclusividade do Ma.Pelo contrário é do conhecimento de todos que a situação de Pedrinhas é semelhante a de vários estados do Brasil.Contudo, essa situação de semelhança não tira a TOTAL RESPONSABILIDADE DA ROSEANA DA SITUAÇÃO CAÓTICA DE PEDRINHAS. É a irresponsabilidade de nossa ilustre governadora é que está diariamente estampada na imprensa nacional. Pois a situação de Pedrinhas, poderia sim está bem diferente se a ROSEANA (chefe de um poder executivo) tivesse investido no sistema carcerário do Ma, o que não o fez!
tratamento da imprensa sulista sugere isso… manchetes diárias, entrevistas. enviados especiais…
Isso mesmo Gilberto, o que eles querem passar que só o presídio do Maranhão que é ´dessa forma, superlotação, sem comando, etc.; os do resto do Brasil são hotel 5 estrelas.
CARO JORNALISTA SEXTA DIA 10/01/11 NO BAIRRO DO BOM JESUS 01 ÔNIBUS DA EMPRESA AUTO VIÁRIA MATOS FOI ATACADO POR DOIS MOTOQUEIRO ARMADOS QUE QUEBRARAM O MESMO NA ULTIMA PARADA DE ÔNIBUS DAQUELE BAIRRO E NINGUÉM FALOU NADA. ENTÃO É UMA BRINCADEIRA
Aqui tem o agravante, são as decapitações e as facilitações de entrada de armas e celulares, tudo isso foi como um barril de pólvora para que o foco ficasse aqui. As imagens percorreram o mundo, chegou a ONU e na Anistia internacional, tudo que choca é extremamente perigoso pois vira notícia numa tremenda velocidade.
A governadora diz que a segurança publica é um modelo para o resto do Brasil. Só estão seguindo o modelo do Maranhão.
E LÁ MORRERAM 59 PRESOS ?
A SEGURANÇA É PRIVADA?TEM COMO SÓCIO ALGUM PARENTE DO GOVERNO?
A QUANTIDADE DE POLICIA É A MESMA DAQUI?
Barbaridade Tchê!
Sr. Gilberto daqui a pouco vais mostrar os presidio do Irã e Iraque. De 1990 para cá quantos presídios e quais as melhorias para que a população carceraria diminuíssem foram feitas?, creio que nenhuma infelizmente agora uma criança inocente morreu decorrente desta bomba relógio chamada PENITENCIARIA AGRÍCOLA DE PEDRINHAS e a toda hora explode. ou seja o Governo do Estado do Maranhão só tá fazendo algo por que ganhou mídia nacional e internacional, pois foi notícia no mundo inteiro.
Não, meu caro. Mas mostrarei quantos puder no Brasil, para comprovar minha tese de que o alarde que se fez aqui no maranhão é político. E os comunistas de cá, não perceberam ainda que a mídia de lá não está nem um pouco interessada com nossa situação. O que vislumbraram foi uma oportunidade de, atingindo o grupo Sarney, fazer a crise respingar na presidente Dilma.
SERÁ QUE A IMPRENSA DAQUI IA MOSTRAR AS AS FARRAS
LAGOSTAS CAMARÃO SALMÃO CAVIAR DUVIDO?
rapaz, em 2012 o assunto foi amplamente debatido…
Pelo menos no Rio Grande do sul ,apesar da superlotação dos presídios ,os governantes de lá preferem investir e dar qualidade de vida aos habitantes de bem do que a esses ratos da sociedade,porque tudo que pagamos em impostos se convertem em benefícios e alimentação para essas pragas ,já aqui no Maranhão a governadora vir a público falar que o Maranhão vai bem ai é piada e querer justificar que hoje o nosso estado estar violento, por estar mais rico so aqui mesmo prar virar piada pro país inteiro.
um erro, nao justifica outro gilberto.
o que estou mostrando é que a situação não é exclusividade do MA, o que não justifica o alarde. e diante da “onda de violência” em SP, será que a Folha exigirá “Intervenção Já” em São Paulo?