O vereador Paulo Lopes Sales (PT), de Governador Nunes Freire, que morreu na semana passada após ter sido espancado e abandonado às margens da BR-316, entre Nunes Freire e Maracaçumé, denunciaria um esquema de fraude envolvendo a nomeação de funcionários fantasmas na Câmara Municipal.
No momento em que foi assassinato, o petista se dirigia a um sítio, onde vários documentos sobre o caso estavam guardados.
A suspeita de crime com motivação política é a principal linha de apuração da Polícia Civil, que já tem investigações “bem adiantadas”, segundo informa fonte do blog. Nesta terça-feira (18) o secretário de Estado da Segurança Pública, Aluísio Mendes, deve estar pessoalmente na cidade, acompanhado os próximos passos dos investigadores
Logo após a morte do vereador, o presidente do diretório estadual do PT, Raimundo Monteiro, foi o primeiro a levantar a hipótese.
“Há suspeita de se tratar de um crime político, já que o vereador era oposição à gestão do município e era bastante atuante”, disse.
Imediatamente, o prefeito Marcel Curió (PV) emitiu nota, chamando de “ilações irresponsáveis” as suspeitas de motivação política para o crime.
“O prefeito Marcel Curió vem a público repudiar as ilações irresponsáveis promovidas por algumas pessoas sobre a existência de possíveis motivações políticas para o ocorrido, devido ao fato de o vereador compor o bloco de oposição à atual administração municipal”, diz a comunicado oficial.
Câmara Municipal de Vereadores de Governador Nunes Freire-MA
Nota à imprensa:
A presidente da Câmara de Vereadores de Governador Nunes Freire, Francisca Freire, vem através deste comunicado, informar que:
1 – Diferentemente do que foi publicado no blog do Gilberto Léda em 18 de março do corrente ano, não há NENHUMA INVESTIGAÇÃO de funcionários fantasmas nesta Câmara de Vereadores;
2 – O único caso de funcionário fantasma que se tem conhecimento na Câmara é justamente no mandato que o vereador Paulo Lopes foi presidente da Câmara (2009/2010). Consta na Câmara o registro de uma funcionária por nome de Miuria trabalhou de julho a dezembro de 2009 e que no INSS consta que ela continuou recebendo de janeiro a abril de 2010, sendo 510 reais em janeiro e fevereiro, 2000 em março e abril, totalizando 5020 reais.;
3 – O caso citado no item 2 foi resolvido no último ano de 2013, onde o Gabinete da Presidência deu baixa no registro da funcionária citada;
4 – Concluímos solicitado que esta nota seja publicada na entrega afim de que a verdade possa prevalecer e a opinião pública não seja deturpada por uma informação caluniosa.
5 – Nos disponibilizamos a prestar quaisquer outros esclarecimentos que se façam necessários.
Francisca Souza Freires, Presidente da Câmara Municipal de Vereadores de Governador Nunes Freire