Timbiras: folha “fantasma” da Educação tem mais de 300 nomes

Os vereadores que articulam a cassação do prefeito de Timbiras, Fabrízio Sousa, o Fabrízio da Foto, já têm em mãos o que dizem ser uma folha “fantasma” da Secretaria Municipal de Educação.

De acordo com os dados que serão apresentados como justificativa para o afastamento do gestor, há pelo menos 300 professores do Município recebendo no contracheque menos do que o que é informado ao Ministério da Educação – os recursos para pagamento da categoria são do Fundeb.

Para ilustrar o teor da denúncia, o blog apresentará hoje (3) dois casos concretos, que, segundo os parlamentares, demonstram que houve desvio de recursos na cidade (veja abaixo). Os casos referem-se aos pagamentos de salários do mês de dezembro do ano passado.

antonio evaldo folha_antonio folha_evaldo

No primeiro caso, o professor Antônio Francisco Mota da Luz deveria receber de salário bruto por um de seus vínculos, segundo da Secretaria de Educação, R$ 2.601,40. Mas no contracheque o valor total pago a ele, sem descontos, é de apenas R$ 1.999,67 – o líquido chega apenas a R$ 1.305,06.

O segundo caso é o do professor Evaldo Luis Alves Cardoso. Ele também tem mais de um vínculo. Em um deles, o Município informa que o salário bruto é de R$ 2.799,29, quando na verdade não passa de R$ 2.135,88 – o líquido chega a R$ 1.990,23.

Para os vereadores, a diferença entre o informado na folha oficial e o que era efetivamente pago estaria sendo desviado há mais de um ano. Outra curiosidade é que a folha de pagamento da Secretaria Municipal de Educação de Timbiras era gerada no estado de Alagoas.

Em sua defesa, Fabrízio da Foto diz que já encaminhou projeto à Casa propondo a redução da folha. Ele afirma que foram os próprios vereadores que atuaram para que a proposta nunca fosse votada.