Oposição não se entende

Por mais que mantenham o discurso de unidade, os oposicionistas não conseguem mais esconder de ninguém: transformou-se um verdadeiro “balaio de gatos” o tal “partido da mudança”.

Desde que  senador Edison Lobão Filho (PMDB) entrou no jogo e acenou com a possibilidade de atrair o PSDB para a base governista, os comunistas entraram em parafuso.

E, para tentar barrar a aproximação peemedebista, já ofereceram até a vaga de vice na chapa de Flávio Dino aos tucanos. Mas esse posto é (ou era) do PDT, que reagiu.

“Repito aquilo que eu já falei: o que foi combinado não é caro. O combinado é que a vice é do PDT e eu não vou abrir mão disso, porque não vale a pena a gente não cumprir compromissos assumidos”, disse ontem (10) o presidente do PDT, Carlos Lupi.

Ou seja: não deram a mínima para o PSDB quando quase ninguém os procurava e, agora que o partido é a “bola da vez” – junto com o PPS -, os comunistas resolvem “esquecer” os acordos com antigos aliados para ter apoio da dupla.

Resultado óbvio: a tão propalada unidade oposicionista se revela frágil. E, no afã de ter todo mundo, o PCdoB pode acabar perdendo quem já estava garantido ao seu lado.

É aguardar e conferir…

8 pensou em “Oposição não se entende

  1. Ué, não é a situação que está em parafuso? Até sexta-feira passada, era um o candidato, hoje já é outro, que dificilmente se sustentará. A família Sarney, se tiver um pouco de juízo, não vai sequer se arriscar a perder seu poderio político no Maranhão para a família Lobão. Numa remotíssima hipótese de Lobão Filho ser o candidato e, na mais remota ainda, hipótese de vitória, teríamos um governador e um senador da República de uma mesma família, fazendo contraponto direto ao clã. Basta lembrar que, se Lobão pai é fiel até o último fio de cabelo ao chefe, Lobão filho não se deixa ser comandado por ninguém. É a imagem da autossuficiência… Ou seja, serás tu, João Alberto, o futuro candidato a governador? Vejamos…

    • A situação cometeu muitos erros ao longo dos últimos dois anos… mas há uma semana vem acertando em cheio em todas as decisões. Já a oposição, que passou dois anos acertando, começou a meter os pés pelas mãos

      • A situação esta abafando uma crise e a oposição, mesmo com alguns querendo definição logo, está com cautela e não “metendo os pés pelas mãos”. Pelo contrário.
        A diferença é que na situação as decisões são impostas de cima para baixo, uma patota se reúne e define o candidato sem consultar suas bases, coisa que a oposição tenta evitar e por isso há muitas opiniões até que se chegue a um consenso. Por aí a gente vê como funcionam as coisas.

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