O petista Evandro Souza, membro da tendência Construindo um Novo Brasil (CNB) e ex-coordenador das campanhas de Lula e Dilma, rechaçou hoje (15), em entrevista ao titular do blog, a possibilidade de o Partido dos Trabalhadores no Maranhão abdicar de indicar o candidato a vice-governador na chapa do senador Edison Lobão Filho (PMDB), para garantir uma vaga de primeiro suplente de senador.
A tese é defendida pelo presidente nacional da legenda, Rui Falcão, e já conta com a simpatia do presidente estadual, Raimundo Monteiro (reveja aqui e aqui).
Para Souza, “esse é um movimento artificial que surgiu fora do PT”, com o apoio de aliados de Flávio Dino (PCdoB), que ainda se ressentem da derrota de sua tese na disputa interna. Ele considera um “equívoco” que alguns petistas aliados do PMDB no estado tenham embarcado na discussão.
“Esse é um movimento artificial que surgiu fora do PT e que alguns companheiros compraram de forma equivocada. É preciso dizer que o projeto Flavio Dino foi derrotado no PT. Então essa turma, não vendo mais perspectivas por lá, pois o comunista fez uma aliança com o PSDB, maior adversário dos petistas, tenta tumultuar o processo aqui”, declarou.
Segundo ele, a posição já foi tomada no encontro de tática eleitoral. “Qualquer coisa diferente disso é factoide para nos dividir e gerar crises desnecessárias”, completou.
Veja abaixo a íntegra da entrevista.
No Encontro Estadual de Tática Eleitoral, o PT definiu aliança com o PMDB e indicação para o cargo de vice-governador. Qual a sua avaliação do encontro?
Entendo que o partido já definiu sua posição no encontro que legitimou a tática, quando estabelecendo a aliança e com a indicação do vice na chapa para governo. Qualquer coisa diferente disso é factoide para nos dividir e gerar crises desnecessárias.
Qual a importância para o PT e para campanha da Dima no Maranhão a continuidade da aliança com o PMDB da governadora Roseana Sarney?
O PMDB é um dos principais partidos do Brasil, portanto tem um grande espaço na política nacional e local. Da mesma forma, não podemos desconsiderar a força eleitoral do PT no Brasil e no Maranhão. Essa aliança reflete os avanços que o país tem obtido ao longo dos governos Lula e Dilma. Basta ver que o Maranhão é o estado que, proporcionalmente, é o mais contemplado com as políticas sociais do governo federal. Não podemos abrir mão disso. A governadora Roseana e o PMDB só têm Dilma como candidata a presidente.
Quais são as perspectivas para o encontro de Definição de candidatura do PT/MA que acontecerá no próximo dia 24 de maio?
A reafirmação do que já foi aprovado pelos delegados do PT no encontro anterior de definição de tática, onde por uma imensa maioria aprovou a candidatura de vice. Agora é o objeto do debate será a apresentação dos nomes para candidaturas a deputado estadual e federal. Quanto a vice, o nosso já tem um nome de consenso que é do companheiro Zé Antonio Heluy, ex-secretário do Trabalho.
Comenta-se que pode haver uma mudança na tática eleitoral abdicando o cargo de vice-governador pela segunda suplência de senador. Isso é possível?
Esse é um movimento artificial que surgiu fora do PT e que alguns companheiros compraram de forma equivocada. Como disse, já fizemos um encontro e as bases do partido tomaram posicionamento quando fizeram opção pela aliança e indicação do vice. No PT as instancias tem sua autonomia política e as bases são respeitadas, isso é um principio partidário. Quanto a quem interessa esse ‘cavalo de pau’, penso que é algum esperto fora do PT que quer chegar ao Senado Federal nas costas do PT e para isso oferece essa piada de segunda suplência. Claro que as forças internas derrotadas no encontro de abril vão tentar tumultuar o processo fortalecendo uma tese que não é de quem claramente defende a reedição local da aliança PT/PMDB. Ou seja, quem defende essa esquisitice de suplente de senador é porque está trabalhando contra o PT. É preciso dizer que o projeto Flavio Dino foi derrotado no PT, então essa turma, não vendo mais perspectivas por lá, pois o comunista fez uma aliança com o PSDB, maior adversário dos petistas, tenta tumultuar o processo aqui. Tenho certeza que as bases não vão aceitar deixar se levar pela condução de dissidentes “tucanos vermelhos. De forma que as decisões já tomadas em encontro. E para finalizar, quero afirmar que essa turma que diz defender a “mudança” não participou do encontro, como vamos respeitar essa alteração se eles não foram democráticos o suficiente nem para fazer o debate e agora conspiram contra os filiados e delegados? Que pariu tucanos que os embalem.
Quem é mesmo Evandro Souza? Afinal, as únicas lideranças, tradicionalmente, conhecidas do PT maranhense, Bira do Pindaré e Domingos Dutra, já saíram do partido. Outra pergunta: O que sobrou do PT no Maranhão? Nem um nome reconhecido estadualmente esse partido tem para indicar como candidato à vice!
#táserto