TCU tem parecer em processo sobre suspeita de superfaturamento na Embratur

“Pronunciamento concluído” da Secretaria de Fiscalização de Tecnologia da Informação está com o ministro Aroldo Cedraz, relator do processo aberto para apurar gestão de Flávio Dino

De O Estado

(Foto: Neidson Moreira/O Imparcial)

(Foto: Neidson Moreira/O Imparcial)

O ministro Aroldo Cedraz, do Tribunal de Contas da União (TCU), já tem em mãos um “pronunciamento concluído” da Secretaria de Fiscalização de Tecnologia da Informação (SEFTI) do órgão no processo nº TC-018.528/2014-7, aberto para apurar a legalidade e a economicidade da prorrogação do contrato nº 12/2009, no exercício de 2012, da Embratur com a empresa COM Braxis Outsourcing, referente ao Gerenciamento e Operação de uma Central de Serviços de TI.

Segundo a CGU, no comando da Embratur Flávio Dino (PCdoB), candidato a governador pela coligação “Todos pelo Maranhão”, autorizou operação “antieconômica” aos cofres públicos ao aditivar o contrato com a CPM Braxis, para fornecimento de estrutura “superdimensionada” de tecnologia de informação.

O pedido de auditoria do TCU nas contas da autarquia federal foi aprovado pelo plenário de Senado no mês de julho, após requerimento do senador Edison Lobão Filho (PMDB), candidato a governador pela coligação “Pra Frente, Maranhão”.

O “pronunciamento” da SEFTI, que está concluído desde o dia 22 de agosto, é uma espécie de parecer que deve ajudar Cedraz, relator do caso, a emitir seu voto.

Em contato, por e-mail, com a reportagem de O Estado, a assessoria de imprensa do Tribunal de Contas da União informou que o parecer – do qual constam ainda 27 documentos anexados – não é público.

“Essa peça de processo [pronunciamento concluído] não é pública. O que fica público após o julgamento do processo é o relatório, voto e acórdão”, diz a nota.

A assessoria informou, ainda, que o ministro-relator não tem prazo regimental definido para pedir pauta e levar o processo a votação. “Não há prazo regimental definido para o ministro analisar o processo e pautá-lo para votação”, completou.

Segundo a movimentação oficial consultada por O Estado no site do TCU, ao processo nº TC-018.528/2014-7, aberto pela Corte de Contas, foi agora apensado o processo 014.958/2014-7, aberto pelo Ministério Público junto ao TCU e que tem como objetivo “verificar especificamente a possível ocorrência de dano na execução do mencionado contrato n° 12/2009 (TC n° 014.958/2014-7)”.

Além desses dois processos, há ainda um terceiro, também em tramitação no Ministério Público de Contas, “com vistas ao saneamento das questões levantadas na prestação de contas referente ao exercício de 2012”. Este expediente está em fase de elaboração de relatório.

Mudança

Depois de ter vários argumentos de defesa rejeitados pela CGU, Dino tem tentado uma nova estratégia ao pedir direitos de resposta em ações movidas contra O Estado – todas elas rejeitadas pela Justiça Eleitoral em agosto. A apresentar os pedidos, ele sustenta que o contrato em questão não diz respeito a sua gestão, já que é de 2009 e ele só assumira a Embratur em 2011. Em todos os despachos, no entanto, os juízes eleitorais que julgaram as ações deixaram claro que o contrato é, de fato, anterior, mas fora aditivado por ele em 2012.

Em defesa, Dino apresenta certidões, desqualificadas pela Justiça

Desde que se revelou que a Controladoria-Geral da União (CGU) apontou superfaturamento de um contrato aditivado por Flávio Dino na Embratur, o candidato a governador já apresentou duas certidões negativas emitidas pelo órgão para defender-se das denúncias. A mais recente delas diz que “não consta processo aberto no âmbito da CGU ou da existência de parecer técnico pela irregularidade das contas do senhor Flávio Dino”.

Ocorre que a própria CGU já afirmou que essa certidão “não ‘torna sem efeito’ apuração nenhuma”. Agora, mais recentemente, a própria Justiça Eleitoral também desqualificou os documentos.

Ao analisar dois dos pedidos de direito de resposta do candidato contra o Estado – ambos negados –, a juíza auxiliar eleitoral Maria José França Ribeiro, da Comissão de Juízes Auxiliares do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Maranhão, reafirmou o que já havia declarado a Controladoria: que as certidões não são o suficiente para negar o fato de que a auditoria do órgão de controle federal detectou irregularidades e recomendou a devolução de dinheiro.

“Examinando o referido relatório, constato que, de fato, foi apurada irregularidade no aditivo do contrato n° 12/2009, que ensejou prejuízo ao erário público [sic] em época na qual o representante [Flávio Dino] era presidente da Embratur e assinou o aditivo de tal contrato, de modo que as certidões apresentadas […] não desconstituem a sua veracidade”, decidiu.

_________________Leia mais

TCU e MPC abrem processos para apurar contrato superfaturado da Embratur

7 pensou em “TCU tem parecer em processo sobre suspeita de superfaturamento na Embratur

  1. E AGORA FLAVIO DINO? TU VAI USAR A FUNÇÃO DE EX-JUIZ OU DE EX-DEPUTADO OU AINDA A DE EX-PROFESSOR PARA INVENTAR UMA DESCULPA PARA O POVO?

  2. A VITORIA DE DINO JÁ ESTA CONSOLIDADA TODO DIA TEM PREFEITO PULANDO A BARCO.AGORA SÃO OS DEPUTADOS EDILÁZIO E CARLINHO FLORÊNCIO.
    FALA AI DO AUMENTO DA ENERGIA ELÉTRICA DE QUASE 25%,IMAGINA SE FOSSE 30%.
    PRESENTE DO PAI PARA EDINHO 30

  3. Será que esse Dino foi juiz mesmo?
    Ou professor?
    Eu até fico em dúvida… Diante de tanta atrocidade que ele comete!

  4. Gente vamos acordar para a realidade, está mais de que na cara que ele está querendo enganar a população com o velho discurso de falsas “mudanças” igual fez Edivaldo, não podemos nos deixar levar por essas mentiras lavadas desse comunista.

  5. Meus amigos, se o TCU se sujeitar a ser instrumento de perseguição política o Brasil tá ferrado. Pelo menos o Flávio está sendo investigado, enquanto o outro foi julgado e condenado, só não sendo preso porque passou o prazo de cumprir a sentença.
    Mário que, de vergonha de tanta molecagem que está ocorrendo nessa campanha, está está escondido atrás do armário.

  6. Outro que escreve igual Marco Deça, achando que todos no MA são idiotas. Desde quando o processo no TCU foi aprovado depois de requerimento de Lobão Filho? O processo não é contra a gestão de Flavio Dino, mas, infelizmente, só uma parte da população desse estado miserável tem acesso ao estudo, tem poder de conhecimento. Vcs dão enjoo a cada linha. Tentam a todo custo enganar os leitores, pqp. Ainda bem que outubro tá chegando e a canalhice de vcs vai pelo esgoto.
    O MA vai varrer pessoas como vc, MArco Deça e outros blogueiros que insistem em querer ver o MA no atraso.

    • “só uma parte da população desse estado miserável tem acesso ao estudo”… e, pelo visto, vc não… há não apenas um, ms três processos no TCU… dois abertos a pedido do Edinho, especificamente sobre o contrato 12/2009 e outro padrão, sobre as contas de 2012

Os comentários estão fechados.