Bom Jardim: TJ revoga prisão de mandante do assassinato do marido

Médico foi assassinado sábado

Dr. Varão foi assassinado

O Tribunal de Justiça revogou na manha desta segunda-feira (2) a prisão domiciliar de Salete Silva Varão, condenada a 16 anos de prisão, por ser a mandante do homicídio de seu marido Antonio Lopes Varão, o Dr. Varão, no dia 11 de dezembro de 2010, no hospital municipal de Bom Jardim/MA (relembre o caso).

A decisão do Desembargador Raimundo Melo foi tomada após analisar habeas corpus que havia sido ajuizado no plantão judicial do recesso forense. Na oportunidade a Desembargadora Plantonista Nelma Celeste Silva havia deferido a liminar para por Salete Varão em regime de prisão domiciliar, por ser portadora de pressão alta.

Ao receber o processo para dar continuidade ao julgamento o Desembargador Raimundo Melo entendeu não estarem presente os requisitos necessários para análise do pedido defensivo.

Melo ressaltou que o pedido inicial não poderia ter sido analisado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão, em virtude de não existir provas de que o pedido de prisão domiciliar tenha sido feito ao Juiz da 1ª Vara de Execução Criminal de São Luis, sendo inviável qualquer pronunciamento sobre a matéria neste momento, sob pena de se incorrer em supressão de instância.

Após rejeitar o habeas corpus, o relator Desembargador Raimundo Melo determinou que fosse expedido mandado de prisão em desfavor de Salete Silva Varão, obrigando-a a retornar ao Complexo Penitenciário, para cumprir a pena pela qual foi condenada.

O crime

No dia 11 de dezembro de 2010, dois homens se dirigiram ao Hospital Municipal de Bom Jardim se passando por pacientes, e ao serem atendidos pelo médico Antônio Lopes Varão, dispararam dois tiros contra a vítima, que morreu no local.

Após o crime, os dois pistoleiros conseguiram escapar em companhia de mais outras duas pessoas em um Ford Fiesta branco. Quando da fuga, o automóvel em que os bandidos estavam capotou na BR-222, em Vitória do Mearim e um deles, identificado como Daniel Oliveira Rodrigues, que seria amante de Salete Silva, morreu.

Já no dia 3 de julho, a mandante do crime e mulher da vítima foi presa quando retornava a São Luís, vindo do Pará, de trem. Ela foi levada para o Presídio Feminino, em Pedrinhas, tendo sido condenada a 16 (dezesseis) anos de reclusão pelo Tribunal do Júri da Comarca de Bom Jardim.