A Comissão Pastoral da Terra (CPT) pediu ao governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), em carta aberta publicada na sua página na internet (veja aqui), a exoneração do ex-deputado Camilo Figueiredo do cargo de assessor especial da Casa Civil.
A nomeação do escravista foi divulgada em primeira mão por este blog (releia)
Camilo é sócio da Líder Agropecuária, empresa proprietária da Fazenda Bonfim, de onde foram resgatadas crianças e trabalhadores em situação análoga à de escravidão. No local, eles bebiam a mesma água que o gado (veja).
Na carta pública, a CPT lembra que Flávio Dino assinou Carta-Compromisso contra o trabalho escravo e questiona se o comunista sacrificava “princípios sagrados em nome da oportunista ‘governabilidade’ e da ‘real politik'”.
“A nomeação de Camilo Figueiredo contradiz frontalmente o engajamento explícito que o candidato Flávio Dino assumiu ao assinar, em 30 de setembro de 2014, a Carta-Compromisso contra o trabalho escravo, proposta pela CONATRAE a todos os candidatos a cargo de governo. […] Governador, não perca a oportunidade de, revendo a decisão questionada, manifestar sua determinação política de defender e promover a política nacional de erradicação do trabalho escravo hoje atacada em várias frentes”, pede a Comissão na nota.
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Antiescravistas criticam nomeação de Camilo Figueiredo na Casa Civil