Ministro da Justiça diz que críticas são injustas, mas movimenta-se para evitar redução
Os delegados federais brasileiros protestaram, por meio de uma carta encaminhada ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, contra o corte de R$ 133 milhões do orçamento da Polícia Federal, aprovado pelo Congresso no fim do ano passado.
No documento, eles alertam para o fato de que “redução orçamentária dessa monta importará, necessariamente, na drástica diminuição das ações investigativas da Polícia Federal” em 2016 e pedem menos discurso e mais ações do MJ em defesa da PF.
“Afigura-se, portanto, uma nítida e grave situação de DESMONTE da Polícia Federal, que, inviabilizada em suas ações pelo arrocho orçamentário imposto pelo Governo Federal, restará impossibilitada de cumprir, com a mesma eficácia que a população se acostumou em ver e ainda mantém com muito esforço, suas investigações e demais atividades policiais, prejudicando sobremaneira a prestação do serviço à sociedade e a imagem de excelência que se consolidou ao longo dos anos”, diz o documento (leia aqui a íntegra), assinado por 28 membros da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF).
Em resposta à manifestação dos delegados, o ministro disse que a crítica da categoria é “injusta e absurda” (veja), mas já começou a sem movimentar para evitar o corte (leia mais).
Segundo o Ministério do Planejamento, como o Orçamento de 2016 foi apenas aprovado pelo Congresso Nacional, ainda dvee ser sancionado pela presidenta Dilma Rousseff (PT), até o dia 14 de janeiro. Por enquanto, observou a pasta, “não cabe qualquer pedido de ajuste ou recomposição, pois não houve sanção do texto aprovado”.
Uma coisa, no entanto, é certa: a classe política acabou conseguindo unir os delegados em torno de uma causa…
A situação é tão precária que o Juiz Sérgio Moro teve que utilizar parte dos recursos obtidos com as ações de ressarcimento da Operação Lava Jato para pagar as contas de energia elétrica atrasadas do prédio da PF em Curitiba, que somavam cerca de R$ 400 mil (vide site OAntagonista).
O governo do PT sempre quis tolher as ações da PF isso se deve ao incômodo causado por coisa pobre escondida nos porões do poder. Esse encolhimento de verbas sem dúvida inviabilizará muitas investigações e dará um pouco de “sossego’ aos propineiros, fraudadores e estelionatários que sufocam esse país.