Enquanto tenta enganar os maranhenses com informações falsas sobre a criminalidade na virada do ano (reveja) e sobre a incorporação de novos homens às forças da Polícia Militar (reveja), o governo Flávio Dino sonega ao Governo Federal informações sobre políticas implementada pela redução do crime tipificado como homicídio.
A informação é do próprio governo Dilma Rousseff (PT).
Em editorial publicado no dia 4 de janeiro, a Folha de S. Paulo alertava que apenas 11 estados atenderam a um pedido de informações feito pela equipe da presidente em outubro do ano passado.
O texto, intitulado “Pacto Esquecido”, não revelava os nomes dos estado, mas, em contato com o Blog do Gilberto Léda, a ombudsman da Folha, Vera Guimarães Martins, encaminhou a lista dos que atenderam à solicitação do Governo Federal.
E o Maranhão não estava nela.
“Segundo informações do governo federal, eis os 11 Estados que responderam ao pedido de informações: Bahia, Mato Grosso do Sul, Paraná, Alagoas, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rondônia e Tocantins”, respondeu a Folha ao questionamento do blog.
Uma vergonha…
Abaixo, o editorial da Folha.
Pacto esquecido
Falta ainda a totalização dos dados estatísticos, mas o ano de 2015 não terá por que ser diferente dos anteriores num aspecto que se inscreve entre os mais trágicos e deprimentes do cotidiano nacional.
Mantém-se perto de 60 mil por ano o número de homicídios cometidos no Brasil. Segundo estudos da ONU, a cada dez assassinatos no mundo, um ocorre em nosso país.
Vêm a propósito, portanto, as observações da coordenadora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania, Julita Lemgruber, em artigo publicado na seção “Tendências/Debates” do último dia 27.
A especialista lembra que, há pouco mais de um ano, o governo Dilma Rousseff (PT) anunciava o propósito de empreender um pacto nacional para mudar essa inaceitável realidade. Nada se fez, todavia.
Verdade que o pacto pressupõe a colaboração das autoridades estaduais, responsáveis diretas pela área da segurança pública.
Em outubro de 2015, o Executivo federal revelou que solicitara a todos os Estados informações sobre quais políticas implementavam pela redução desse tipo de criminalidade e o quanto do Orçamento aplicavam em segurança pública.
Já é de estranhar que o acesso a tais dados tenha de depender de solicitação especial. Apenas 11 Estados, de todo modo, deram-se ao trabalho de responder à questão sobre suas despesas no setor. Os contrastes, aliás, são gritantes: enquanto a Bahia dedica 10% de suas verbas à segurança, no Rio de Janeiro os gastos se reduzem a 2%. Diferenças econômicas regionais –e a conhecida disparidade de salários entre as polícias de cada Estado– relativizam a possível atribuição de responsabilidades diretas a cada governante nesse ponto. Comprovam, porém, a inexistência de uma estratégia nacional para o enfrentamento do problema.
Isso se reflete, de resto, nas oscilações que conhece a taxa de homicídios conforme os Estados e as regiões. Vão dos 55 por 100 mil habitantes em Alagoas, recordista nesse ponto, aos números de São Paulo, inferiores a 10 em 2015 –e melhor exemplo nesse quesito.
Em qualquer parte do Brasil, contudo, parece persistir uma mentalidade que vai em sentido inverso aos esforços, esparsos ou inexistentes, de modificar a situação.
Fortalecem-se os grupos favoráveis a rever o Estatuto do Desarmamento; num país em que a cada três horas alguém é morto pela polícia, prevalecem os elogios à truculência das forças de segurança.
O pacto pela redução dos homicídios, enquanto isso, parece também ter sido esquecido no vasto cemitério das promessas federais.
Se é mentira eu nao sei, so sei que tenho loja aqui na cohab e desde o começo do ano são 8 polícias o dia todo andando aqui fazendo a segurança.
O PSDB AINDA NEM ASSUMIU O GOVERNO FEDERAL , MAS A FOLHA , JORNAL DE PROPAGANDA DO PARTIDO, JÁ VIROU ÓRGÃO OFICIAL PARA FORNECER DADOS OFICIAS .
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